Cap 11- Preocupação

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POV Jacob

Eu estava conversando com Ayla e Vitória quando Maia invadiu a sala de reuniões correndo. Ela parecia com pressa, e pelo jeito tinha corrido bastante para chegar até ali. O que era estranho porque ela viajava nas sombras pra tudo. Devia ser importante. Olhei para ela alarmado, preocupado que pudesse ser mais um ataque. Mas ela não parecia assustada, só surpresa. E feliz.

- Eles voltaram. Eles estão aqui.

Ninguém teve que perguntar sobre quem ela estava falando. Bryan e Hannah estavam desaparecidos a dias, fora de todos os radares. Ninguém tinha ideia de onde eles podiam estar. Achei que Maia fosse nos levar para fora, ou perto das portas, mas mesmo quando chegamos no pátio ela continuou descendo, mergulhando na área epsilon. Isso é estranho. Não devia ter como eles entrarem sem a gente ficar sabendo, e a área epsilon só tinha entradas de dentro da central. Vitória olhou pra mim e soube que ela pensava a mesma coisa. Deixamos Ayla e Maia irem na frente e ficamos um pouco pra trás.

- Isso é estranho.- comentei.

- Nem me fale. Não devia dar pra eles entrarem aqui sem passar pela barreira. E se eles tivessem passado pela barreira a gente teria sido avisado.- ela suspirou.- Espero que tenha sido só uma falha básica.

- A gente pensa sobre isso depois. Também dá pra perguntar pra eles mais tarde. Agora vamos, seu primo está te esperando.- eu sorri pra ela e ela sorriu de volta, voltando a disparar pelos corredores. Talvez eu deva explicar como funciona o parentesco dos guardiões. É também pelo lado divino da família, mas como eu posso explicar? Bom, se você é filho ou neto de um deus, todos os outros filhos desse mesmo deus são seus irmãos. Isso é certo. Mas se você é abençoado por um deus, todos os outros filhos e abençoados desse deus estão relacionados a você, não exatamente como família, mas ainda assim próximos, então essas pessoas se chamam de primos. Tanto Bryan quanto Vitória são abençoados por Atena, e eles são relativamente próximos, então a Russell estava mais preocupada com ele que o resto de nós. Como eu também queria muito ver a Hannah, decidi parar de pensar tanto e disparei atrás de minhas amigas, não querendo me perder.

Quando eu cheguei, achei as garotas ao redor de dois corpos caídos no chão. Por um momento, pânico tomou conta de mim, mas então percebi que os dois ainda estavam respirando. Graças a Hefesto. Hannah e Bryan estavam desmaiados no chão da área epsilon, um do lado do outro, eu uma posição quase que protetora. "Desde quando eles estão juntos? Não Jacob, se tivesse alguma coisa acontecendo a Hannah teria te contado, não teria?" Os dois estavam muito feridos, mas pareciam ser na maior parte machucados superficiais, ainda que muitos. Eles precisavam de descanso.

- Precisamos levá-los até o Daniel.- falou Ayla.- Maia, pode erguê- los com magia?

A garota assentiu, estendeu as mãos para a frente e começou a sussurrar palavras estranhas. Hannah e Bryan flutuaram no ar, ainda sem acordar. Maia se virou e voltou pelo caminho que viemos e levou os dois até a enfermaria. Chegando lá, Daniel e sua irmã Katherine se encarregaram de cuidar deles. De acordo com os médicos, eles tinham que descansar bastante, então teríamos que esperar para termos nossas respostas.

...

Algumas horas depois, ainda estávamos todos na sala de espera, agora menos ansiosos, ainda esperando por respostas. Ayla estudava alguns papéis, Maia lia um livro de capa escura e Vitória estava deitada jogando uma bolinha pra cima e a pegando de novo, a definição do tédio. Já eu andava de um lado pro outro, torcendo alguns fios de metal entre os dedos, minha hiperatividade mais atacada que nunca.

- Jacob. Jacob!- gritou Vitória. Ela chamou minha atenção, jogando a bola na minha cabeça. Parei de andar e me virei pra ela, minhas mãos ainda brincando com os fios de metal.- Para de andar. Tá me deixando tonta. Além disso, ficar andando não vai fazer eles acordarem mais rápido.

Guardiões do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora