Cap 15- Missão J.V

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POV Jacob

Quando eu acordei na manhã seguinte a da reunião, ainda era madrugada. Tomando cuidado para não acordar Bryan que dormia do outro lado do quarto, peguei as coisas já separadas na noite anterior e saí. Era agora que minha missão oficialmente começava.

Encontrei com a Vitória no pátio. Juntos, fomos até um dos arcos espalhados pela central, que agora estava "ligado" como um portal. Quando atravessamos, estávamos na fronteira da Pensilvânia com Nova York. Agora tínhamos que atravessar o estado e chegar no acampamento, de preferência sem chamar muita atenção.

- Muito bem qual é o plano?- perguntou Vitória olhando pra mim. Seu cabelo loiro estava preso em um rabo alto perfeito e seus olhos escuros ainda estavam meio embaçados com sono. Pigarrei tentando não encará-la.

- Não chamar muita atenção, chegar no acampamento o mais rápido possível sem morrer. Depois acho que conseguimos pegar pegasus emprestado.

- Grande plano Einstein. Vamos.- Começamos a andar. - A gente pode ir até a cidade mais próxima e ver o que faz de lá.

- Uma boa ideia.- concordei enquanto abria meu comunicador para pegar um mapa.- A cidade mais próxima fica a uns 12 km daqui.

Fomos andando em silêncio por uma estrada rodeada por uma área deserta. Ainda estava amanhecendo, e observamos pouco a pouco o céu mudar de laranja para azul. Estava frio, porém não muito. A primavera tinha começado algumas semanas atrás, a neve toda já tinha derretido mas ainda tinha um vento gelado correndo por aí.

Nunca iria esperar que ela ia começar a puxar conversa comigo, tanto que quando ela começou eu demorei um tempo pra responder.

- Então... como vão as coisas com a Hannah?

- A- a Hannah? Como assim?- Por que ela queria falar sobre a Hannah?

- Bom, é que eu sei que ela tá de castigo na central e o quanto ela gosta de sair. Quero saber como ela tá. Além do mais, tenho que começar a conhecer a futura namorada do meu primo.

- Como você disse, ela não gosta de ficar parada na central. E sinceramente, eu tô meio preocupado em deixar ela sozinha. Não tem como saber se somos nós ou a Maia que vai voltar primeiro, e eu tenho medo do que pode acontecer sem nenhum de nós por perto.- Ela riu um pouco.

- Você sabe que a Hannah não é mais criança, né? Ela pode ficar sozinha sem a mamãe ou o papai lá pra vigiar. Além do que, ela tá na central a mais tempo que qualquer um de nós, ela sabe se cuidar.

- Não é com ela que eu tô preocupado.- respondi.- Você não tem ideia do que a Hannah pode fazer se perder minimamente o controle dos poderes. Não que seja culpa dela. Ela tem muita magia e não pode treinar para controlar. Sempre foi perigoso demais.

- Pera, então a central pode não existir quando a gente voltar?- perguntou ela surpresa.

- Existe esse risco.- ela parou de andar perplexa enquanto eu continuava, não muito preocupado.

- A Hannah tá sozinha e as únicas pessoas que podem ajudar ela a controlar saíram por sabe-se lá quanto tempo. O que você tá fazendo aqui? Seu tonto, devia ter recusado a missão.

- Relaxa Vi. Não é nada demais. Vai dar tudo certo. Além disso, não é nada que já não tenha acontecido antes. A central já passou por muita coisa. Não vai ser a Hannah fazendo pirraça que vai acabar com isso.

Continuamos em silêncio por mais um tempo. O céu agora estava claro, e já dava pra ver um esboço de cidade mais longe. Apreciei a paisagem. Eu não saia muito da central, na verdade, aquela era a primeira vez que eu saia de Ohio em muito tempo. Pelo menos a missão era em Nova York, pelo menos eu não ia ter que lidar com tantas lembranças.

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