Cap 2- Conhecendo a central

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POV Jacob

Íamos correndo a toda velocidade, tentando chegar até a fonte que tínhamos usado para vir até ali. Maia tinha feito um feitiço de levitação para levar a Hannah. Ela estava desmaiada por conta do veneno. Depois de atingi-la, Sybilla foi embora, mas tinha certeza de que teríamos monstros atrás de nós em breve. Já estava exausto por conta de tanta correria quando finalmente chegamos na fonte. Era um poço na verdade, mas ia funcionar assim mesmo. Peguei três dracmas da minha mochila enquanto Maia iluminava a água com magia para formar um arco-íris. Joguei as moedas nele, enquanto dizia:

- Oh Íris, deusa do arco-íris, aceite nossa oferenda e nos leve a central dos guardiões.- os dracmas sumiram e pulamos no poço. No instante seguinte estávamos na frente de um grande portão de metal no meio da floresta. A central era uma grande construção escondida no meio de uma floresta em Ohio, protegida com os mais diversos feitiços. Nada podia entrar sem que ficássemos sabendo. Ela tinha a aparência grega antiga, com colunas e arcos, mas ainda assim era muito tecnológica. Ela era formada por vários prédios, divididos em dormitórios, centro de treinamento, enfermaria, refeitório, centro de pesquisas e salas de reuniões. Não era a nossa única base, mas era a principal. Tínhamos outras bases pelo país, as maiores ficavam em São Francisco e Brooklyn, para vigiar os acampamentos. Entramos. Em vez de apenas mandar mensagens, às vezes conseguíamos fazer Iris nos teletransportar pra algum lugar, dependendo da ocasião, gravidade e humor da deusa. Corremos pelos corredores até chegarmos na sala de reuniões.

Ao ver Hannah desmaiada, Bryan rapidamente pegou-a no colo e a levou até a enfermaria. Bryan Artic é um filho de Hermes com a benção de Atena, tinha cabelos e olhos castanho-claro, com um pouco de cinza às vezes. Depois de ter certeza que ela iria ficar bem, fui direto falar com a chefe sobre a missão. Ayla Scott é uma filha de Zeus com a bênção de Belona, uma líder nata. Tinha cabelos castanho-escuro ondulados, pele parda e olhos mel alertas. Ela estava sentada em uma mesa redonda no centro da sala analisando alguns papéis. A sala era um local grande e bem iluminado, com diversas mesas e lousas menores. De lá, dava pra chegar a praticamente qualquer lugar da sede. Nos sentamos com ela e começamos a contar os detalhes da missão.

Não tínhamos descoberto muito, só que eles estavam produzindo uma quantidade enorme de armas, e as transportando para outro lugar, mas não tínhamos ideia do porquê ou para onde. Maia explicou a maior parte, deixando pra mim a parte do ataque da Sybilla.

- Bem, não temos muito o que fazer sem ser esperar. Quando Hannah acordar, vemos se ela teve mais sorte. Aliás, como foi que ela ficou assim?- perguntou Ayla. Bem nesse momento Vitória chegou na sala. Filha de Ares com uma semideusa de Afrodite e benção de Atena, a Russel era uma das nossas melhores estrategistas. Tinha cabelo loiro escuro e olhos azuis penetrantes. Era linda. Foco Jacob, foco. Comecei a explicar.

- Nós nos dividimos para entrar, eu fiquei escutando do lado de fora, Maia foi espiar as janelas e Hannah se infiltrou. Quando chegamos até o ponto de encontro para ir embora, ela estava lutando com Sybilla. A garota percebeu a nossa presença e conseguiu derrubá-la, mas Sybilla levantou e acertou Hannah antes que ela pudesse desviar.

- Os oniah estão cada vez mais ativos. Temos que tomar cuidado. Qualquer informação agora é útil. - disse Vitória.- Vai ter uma guerra em breve se não fizermos algo logo.

- Muito bem, vão descansar vocês dois, conversamos mais amanhã depois da Hannah ter acordado.

Fui com Maia até os dormitórios. Eram divididos em blocos de quatro quartos, com duas pessoas em cada. Tinham também portas conectando os quartos. Cada bloco tinha dois banheiros. No meu bloco estávamos eu e Bryan no primeiro quarto, Hannah e Maia no segundo, Giulia e Thais no terceiro e Mateus e Carlos no quarto. Nos dávamos bem, apesar de raramente nos vermos. Me despedi da minha amiga, apesar de saber que a filha de Hécate provavelmente demoraria muito pra dormir. Os dormitórios ocupavam um prédio inteiro, mas a maior parte dos guardiões morava na cidade. Tínhamos uma cidade que protegíamos, lá moravam os veteranos aposentados e as crianças filhas deles que ainda não tinham idade o suficiente para treinar na sede. Uma ideia bem parecida com a de Nova Roma, tirando o fato deles terem nos copiado. Ainda assim, grande parte dos moradores da cidade ainda lutava e nos ajudava ensinando as crianças. A maior parte de nós éramos filhos de deuses, mas também tinham os descendentes de guardiões e semideuses como a Vitória. A mãe dela descobriu a existência dos guardiões justamente por causa da filha. Se tínhamos uma guerra chegando, teríamos que achar um jeito de proteger todo mundo. Foram com esses pensamentos que dormi.

Guardiões do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora