Capítulo 23.

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Rachel.

Dor é a primeira coisa que sinto ao despertar, tento me mover mas meu corpo não reage, não sinto como se estivesse amarrada, ele simplesmente não responde aos meus comandos, não consigo mexe-lo, nem abrir os olhos. Sinto meu corpo dolorido, minha cabeça pulsa, minhas pernas e braços ardem.

- Ela vai ficar bem. – Ouvi a voz de uma mulher.

- Você tem certeza Trisha? – Era a voz da minha irmã.

- Claro que eu tenho. – Trisha respondeu ríspida. – Olha, eu sei que você está muito preocupada. – Sua voz ficou mais branda. – Os dois estão, mas eu lhe garanto que ela está bem, assim que os resultados dos exames chegarem teremos certeza.

- Então você não sabe se ela está bem. – Era a voz de Leo eu reconheceria sua voz em qualquer lugar.

- Sim, ela está. – Trisha insistiu. – Seja lá o que fossem fazer com ela vocês chegaram a tempo, os cortes nos braços e pernas eram superficiais, a exceção de um na canela, mas sequer precisou de  pontos, o corte na cabeça não causou inchaço ou sangramento.

- Mas ela tem um trauma na cabeça e inspira cuidados. – Minha irmã falou.

- E ela ainda não acordou. – A voz de Leo agora estava mais perto.

A inconsciência tomou conta de mim novamente. Quando acordei novamente conseguia sentir meu corpo, estava um pouco dolorida, mas não era a dor absurda de antes, a cabeça era somente um leve incomodo, abri os olhos, mas me arrependi amargamente assim que o fiz, a luz branca invadiu meus olhos os queimando, gemi com o desconforto e levei a mão aos olhos, minha boca estava seca.

- Rach. – Reconheci a voz da minha irmã.

- Layla. – Minha voz saiu rouca e estranha.

- Minha irmã. – Ela me abraçou fungando. – Tive tanto medo. – Pisquei meus olhos várias vezes para conseguir me acostumar com a claridade.

- Água. – Sussurrei.

Ela se afastou para pegar a água que eu pedi e me vi em um quarto de hospital, provavelmente o centro médico, olhei em volta procurando por ele, mas não o vi.

- Ele foi comer. – Me entregou o copo com água.

- Obrigada. – Levei o copo aos lábios bebendo rapidamente.

- Ele esteve ao seu lado desde ontem e não comeu nada foram precisos três Nova Espécie para arrasta-lo até o refeitório e ele só foi depois que eu ameacei seda-lo e colocar uma sonda. – Sorri quando ela falou isso.

- Eu fui resgata ontem? – Minha voz saiu um pouco mais firme.

- Sim. – Minha irmã respondeu.

- Qual é o meu estado?

- Você vai ficar bem. – Olhei para a porta vendo a médica loira ali. – Seus exames estão ótimos, seus machucados eram superficiais. – Ela adentrou o quarto. – Só preciso lhe checar.

- Tudo bem. – Concordei. – E minha perna. - Ela doía tanto que parecia quebrada.

- O corte é um pouco maior, mas não tinha necessidade de pontos, e a lesão é apenas um machucado. - Trisha explicou. - Vai doer por alguns dias, mas vai se recuperar.

- Me deram remédios? – A olhei me lembrando do meu problema, uma onda de medo percorrendo meu corpo.

- Não se preocupe. – Minha irmã tocou meu ombro antes de se afastar para a médica se aproximar. – Eu avisei a ela.

Leo - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora