Leo.
Estou ficando doido, não aguento passar mais um dia longe da minha fêmea, eu preciso que ela me aceite como seu, não sei o que vou fazer se ela me rejeitar, eu sei que não sou o que toda fêmea espera de um macho, mas ela parece não se importar com a minha aparência, espero que isso seja suficiente para faze-la querer ficar comigo, não sei se consigo viver sem ela. Eu nunca tive nada na vida e já tinha aceitado que seria somente eu pra sempre, mas quando eu a tive em meus braços tudo mudou, sinto como se ela fosse o que me sustenta aqui, de repente ela se tornou o centro do meu universo.
Passei o dia agitado esperando pelo momento de ir buscá-la pra dormir comigo, ontem eu não dormi direito sem ela em meus braços, parece que tem algo errado quando não sinto seu cheiro por perto. Entro no meu quarto tomo um banho, pego uma calça jeans e uma blusa escura, eu prefiro usar bermuda, ou calça de moletom, mas queria parecer mais arrumado, até um tênis eu coloquei.
Peguei meu jipe e sai pela estrada em direção a habitação humana, assim que parei o carro saltei indo para a porta subi as escadas rapidamente e quando bati na porta ela me atendeu sorrindo, sorri de volta a abracei tirando do chão e beijando seus lábios macios. Ela estava linda com um vestido rosado soltinho que mostrava parte de suas coxas e seios me fazendo querer rasgar aquela peça.
- Nossa que recepção Boa. – Beijou meu rosto passando as mãos por meus cabelos. – Parece que não me ver a semanas.
- Um dia sem você parece uma eternidade pra mim. – Seus olhos pareciam brilhar quando me olhou.
- Eu também senti saudade. – Ela falou.
- Saudade? – Ergui as sobrancelhas curioso com a palavra.
- É uma palavra em português, significa sentir falta, só que é mais profundo. – Ela me explicou. – Íris, minha cunhada que é casada com Marcos é do Brasil.
- Então eu também senti saudade de você. – Falei a beijando novamente. – Brasil é um país bem longe, essa sua cunhada veio de longe por quê? – Perguntei curioso.
- O pai dela veio pra cá a trabalho quando ela era criança. – Se soltou de mim indo até a cozinha. – Então nunca mais voltaram. – A segui. – Ela acabou crescendo aqui.
- Entendi. – Vi ela tirar uma forma da geladeira. – O que é?
- A nossa sobremesa. – Colocou a forma em uma sacola. – Fiz torta de doce de leite com caramelo salgado. – A olhei sem entender bem. – Você vai gostar.
- Você quem fez, é claro que eu vou gosta. – Sorri.
Peguei Uma mochila que ela tinha deixado sobre o sofá e sai ao seu lado, durante o trajeto até a minha casa conversamos sobre o que ela queria fazer para o nosso jantar, disse que era uma espécie de torta, eu sei que vai ficar ótimo. Parei o carro na frente de casa e ela já foi entrando, familiarizada com o lugar foi direto a cozinha, guardou a torta na geladeira, lavou as mãos e começou a pegar os ingredientes necessários para cozinhar, aquilo me deixou muito contente, parecia que a casa já era dela, bem, já é ela só não sabe ainda.
Fui deixar sua mochila no nosso quarto, tirei os sapatos e voltei pra cozinha, lavei as mãos e comecei a ajudá-la no preparo do nosso jantar, subi as mangas da blusa para não suja-las, quando Rachel se virou pra mim e seus olhos ficaram no meu braço esquerdo ela os esbugalhou e quase voou pra cima de mim, eu nem lembrava que tinha arranhões nos meus braços, ela pegou meu braço e me olhou.
- O que foi isso? – Sua voz estava entrecortada. – Como você se machucou.
- Um dos ursos que temos aqui, estava com uma para machucada, a anestesia não pegou então eu ajudei a segurar ele. – Contei o ocorrido daquela manhã. – Então ele me arranhou, mas não foi nada demais.
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Leo - Uma História Nova Espécie (Completa)
أدب الهواةRachel White é uma contadora de 28 anos, dona de belos olhos verdes, cabelos cacheados e um corpo escultural. Depois de uma situação traumática em seu último emprego ela vai visitar a irmã Layla que trabalha na Reserva da ONE. Leo é um Nova Espécie...