Capítulo 17.

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Rachel.

O jeito que ele me olhou quando eu disse que gosto daqui porque tem ele, fez meu coração derreter um pouco mais, ouvi-lo me chamar de minha pequena humana me deixa quase líquida de fofo que eu acho isso. Eu não tenho dúvidas de que estou muito ferrada, eu estou apaixonada por ele e quase falo isso hoje mais cedo, sei que ele não é como os humanos "comuns", mas ainda assim tenho receio de falar algo cedo demais.

Embora não fale meu coração grita que pertence a ele e ele pertence a mim, quando ele se vira em frente a pia colocando a panela no escorredor eu vejo seus arranhões e meu peito aperta novamente, na hora que eu vi aquilo meio que entrei em pânico pensando no que poderia ter acontecido a ele se tivesse sido mais grave.

Fiquei distraída vendo ele lavar as louças que não foram na lavadora, suas costas musculosas que pareciam brilhar a luz da cozinha, o cabelo batendo abaixo dos ombros parecendo uma juba ondulada de diferentes tons de loiro, tudo nela é perfeito. Terminou de lavar as coisas, desligou a torneira e caminhou até mim me lembrando que é parte felino, pois andava como um felino indo até a presa.

- Me espere na sala eu quero lhe mostrar um lugar. – Falou depois de me beijar.

- Tudo bem.

Fiquei na sala enquanto ele foi para o quarto e voltou, agora vestindo apenas um short de moletom e trazendo dois travesseiros e cobertas em suas mãos.

- Vem comigo. – Me estendeu uma mão.

- Onde vamos? – Peguei sua mão e deixei que me conduzisse porta a fora.

- Para um dos meus lugares preferidos aqui. – Ele falou olhando para a mata fechada perto da sua casa, olhou meus pés e depois olhou a mata de novo. – Pega isso. – Me entregou as coisas que tinha embaixo do braço. – Vou te levar no colo.

- Por que? – Passei as mãos por seu pescoço me fixando a ele quando me pôs no colo, passando um braço por minhas costas e o outro sob meus joelhos.

- Não quero que machuque seus delicados pés. – Sorriu mostrando os dentes afiados. – Confia em mim. – Mesmo com a pouca luz eu via seus olhos profundos.

- Com a minha vida. – Falei sinceramente.

Sorriu e começou a caminhar a passos rápidos pela floresta, ele não andou muito ou eu não percebi pela sua velocidade com a qual se movia, parou em frente a uma grande árvore e me colocou no chão, pegou as coisas que eu trazia e deixou perto da árvore.

- Vou te levar lá pra cima. – Apontou pra cima e eu vi uma plataforma de madeira perto da copa da árvore.

- Ali? – Falei incrédula..

- Sim, tem medo de altura? – Perguntou.

- É que é muito alto. – Sorri amarelo.

- Eu não vou deixar você cair, eu nunca deixaria você se machucar. – Falou com sua voz grave.

- Tudo bem.

Me segurou de frente pra ele, Entrelacei minhas pernas em sua cintura e passei minhas mãos por seu pescoço apoiando o queixo em seu ombro, ele segurou minha cintura com uma mão e me mandou segurar firme antes de se impulsionar para cima saltando em um galho próximo, fechei os olhos com força e me agarrei a ele com mais força cravando as unhas em suas costas, foi pulando de galho em galho até aterrissar na plataforma, me colocou no chão e só então abri os olhos. Ele disse que já voltava, pulou de volta a um galho baixo indo buscar as coisas que ficaram no chão.

Sentei com as costas apoiadas no caule e olhei para o céu, quase perdendo a respiração, era tão lindo ali em cima, parecia mais perto do céu, as estrelas brilhando sem poluição, olhei para a frente vendo várias árvores e então olhei em volta era uma plataforma circular feita em volta do caule, ampla e parecendo resistente, não possuía colchão ou qualquer revestimento para deixa-la confortável.

Leo - Uma História Nova Espécie (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora