12° Capítulo - Alec Volturi

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"A vergonha está nos meus olhosEu acredito nas mentirasque eu disse a mim mesmo

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"A vergonha está nos meus olhos
Eu acredito nas mentiras
que eu disse a mim mesmo

Eu posso ver que a noite as estrelas
não brilham sem você
Eu posso ver que a noite o céu
não parece o mesmo"

PARISSE - IN THE NIGHT

— Signore¹ Alec. — Um membro dos mensageiros apareceu de modo repentino na frente do gêmeo realizando uma lenta e elaborada reverência, todavia, embora conhecesse o procedimento, Alec não estendeu a mão para que o homem, ainda ajoelhado, pudesse beijar. Apesar de saber a importância da hierarquia dentro do clã italiano, e de amar ser adorado, por vezes achava tudo apenas uma grande perda de tempo, e não era como se estivesse em seu melhor humor naquele momento, não estava em seu melhor humor a vários dias, diga-se de passagem. — Os líderes o chamam no grande salão. — Parecendo sentir a aura raivosa do guarda a sua frente, o vampiro optou por apenas passar o recado, não tardando a levantar e sumir tão logo as últimas palavras ecoaram por sua boca. Dane-se a etiqueta, gostava de ter a cabeça junta ao corpo, e gostaria ainda mais se ela se mantivesse assim.

Em cenários normais, o receptor precisaria dispensar o encarregado do comunicado antes que o mesmo pudesse passar para a realização da próxima tarefa, entretanto, mesmo decidindo que o puniria depois em um momento mais adequado, Alec gostou da atitude do desconhecido. Não estava com ânimo para lidar com situações externas agora, não estava com ânimo se quer para falar, preferia acreditar que era o ódio acumulado em seu interior, mas na verdade não sabia se explodiria de raiva ou de tristeza caso o fizesse, e, céus, como odiava isso.

Havia voltado para Volterra a alguns dias e, assim como todo os seus aliados, não tardou a retornar suas tarefas diárias — não sendo como se precisassem parar para descansar, afinal de contas. Todos seguirem com suas obrigações como se nada jamais houvesse acontecido, todos, menos ele.

E isso o irritava ainda mais.

O irritava porque desde que fora humano milênios atrás nenhuma outra vez havia sentido tanta tristeza como agora. E apesar de saber o motivo, não podia, simplesmente não podia.

A Cullen mais nova não saía de seus pensamentos, e, se na clareira ele achou que aquilo futuramente viria a ser um problema, agora tinha certeza de que já era.

Um gigantesco problema porque vê-la de novo não era uma opção.

Tal pensamento fez com que o coração a muito congelado contraísse em seu peito, tinha perdido não só um sangue delicioso, como também a pessoa que viria a ser o grande amor de sua vida quando atingida a idade correta, e, mesmo tentando se convencer ser o primeiro o único motivo responsável pela preocupação que sentia, céus, como a segunda constatação doía.

Nem sequer a conhecia direito além dos fatos óbvios: era uma híbrida, e uma Cullen.

Então por que, infernos, doía tanto?

Cantante | 𝘼𝙡𝙚𝙘 𝙑𝙤𝙡𝙩𝙪𝙧𝙞Onde histórias criam vida. Descubra agora