18° Capítulo - Morte

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Aviso: esse capítulo contém gatilhos relacionados a depressão e menção a suicídio.

"Triste agoraEstou me sentindo triste agoraEssa confusão na minha menteEu posso perder o controle agora

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"Triste agora
Estou me sentindo triste agora
Essa confusão na minha mente
Eu posso perder o controle agora

Demônios se alimentando da minha alma
Eu sou a porra de um fantasma agora
E não há nada no meu peito
Só a porra de um buraco agora

Nossa, agora o sangue jorra
Há uma guerra dentro da minha mente,

Sei que minha mente está perturbada
Toda essa dor que eu aguento
Eu queria poder me curar

Sangue frio correndo como uma overdose
Chegando perto da morte."

LUND - LOW

Carlie queria morrer.

Ela realmente queria morrer.

Queria morrer, até não querer mais.

Sabe, como narradora eu não deveria, de fato, me intrometer na história, apenas relatar os acontecimentos, entretanto eu preciso confessar, eu realmente preciso: até eu quis, de verdade, foram dias infernais, dias realmente infernais, foram dias mortais, realmente mortais.

Carlie morreu.

Realmente morreu.

Alec quis morrer, ele realmente quis.

Eu não sei como explicar, ele não sabe como explicar.

Ele não queria morrer, não realmente, digo, ele diz, não deveria querer.

Ele já morreu uma vez, quando se transformou, precisa morrer para isso, para voltar, e ele morreu — seu coração atualmente parado sendo a prova mais concreta possível de tal acontecimento.

O líder do clã italiano o transformou, Aro o transformou, ele chegou rápido o suficiente para o morder — para o envenenar — para matar todo o seu povoado, mas não para o salvar, nunca para o salvar, ele teria pesadelos com isso se pudesse, ele não podia, ele ainda assim tinha, o pior tipo de pesadelo que poderia existir; o que se tem quando ainda está acordado.

Ele ainda via, ele sempre via, as chamas o consumindo, ele lembrava, ele sempre lembrava, consumindo a sua irmã, a dor o destroçando, os destroçando, suas forças, sua vida, os devorando, os devorando até que não existisse mais nada lá, a escuridão, os devorando até que não existisse mais nada que não fosse a enorme escuridão que se apossava cada vez mais de si. Era sempre a única coisa que ficava. Seu dom, sua maldição, não tinha como esquecer, nunca, ele nunca poderia esquecer.

Ele sabia como era morrer, ele sabia.

Ele morreu e voltou, realmente.

Ele nunca voltou, de fato.

Cantante | 𝘼𝙡𝙚𝙘 𝙑𝙤𝙡𝙩𝙪𝙧𝙞Onde histórias criam vida. Descubra agora