CAPÍTULO 47: REDENÇÃO

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DECKARD SHAW

Suspirei enquanto via Owen, Ramsey, Tej e Ashley trabalharem feito uns loucos, atrás da localização de Cipher e Jakob. Roman mexia em seu carro, enquanto Hattie e eu separamos as armas pesadas que precisaríamos usar. O que estava nos esperando agora? Depois de um submarino, um tanque, um avião militar, o que mais viria contra nós?

No canto da base, Amélia e Mia estão no chão, a mais nova deitada no colo da mais velha, o rosto de ambas vermelho pelas lágrimas. Enquanto o resto da equipe se preparava, a cabeça da minha mulher parecia um saco de gatos. Eu sabia que ela estava tramando alguma coisa.

— Acha que ela vai superar tudo isso? — Hattie pergunta enquanto equipamos o carro de Dom com uma atiradeira

— Ela sempre supera. — murmuro — Ela é forte.

— Ela tá com aquele olhar. — comenta — Sabe o que vai rolar agora, não é?

— Sei. — resmungo — Ela vai se jogar de cabeça na missão de impedir que a Cipher o mate.

— Tô começando a me sentir culpada.

— Por que? — a olho

— Fui eu quem mexeu no DNA dela e a levou até os Toretto. Olha todo esse caos, Decks.

— Ei. — ela me olha nos olhos — O que você fez foi a coisa mais bonita do mundo. — elogio — Você deu a ela a chance de encontrar seu sangue.

— Eu só conseguia pensar no único pedido que ela fez pra gente, quando mamãe assinou aquele papel da tutoria dela. — suspira — Me leve de volta, ela disse.

— E nós a trouxemos. — sorri fraco — Agora é com ela.

— Eu notei como você também pareceu abalado com o que Jakob disse.

— Não foi só a história do Jakob, foi a coisa toda. — suspiro — Ninguém manipulando todos nós, Han de volta, Dom e sua... — penso numa palavra — Negligência com a família.

— Você ficou mexido com isso, não é? — me olha — A relação Dom e Jakob te lembrou da sua relação com o Owen.

— É. — admito — Só que no meu caso, o meu irmão é louco de pedra. Eu estive a um passo de largar o Owen de mão. Enquanto Jakob falava sobre como Dom desistiu dele, eu só conseguia pensar como seria se eu tivesse desistido. Perdido a paciência de vez.

— Mas você não perdeu. — sorri pra mim — Você é o impaciente mais paciente do mundo, Decks. — diz e eu acabo rindo fraco — Acho que nunca te agradeci.

— Pelo que?

— Por ser o melhor irmão mais velho do mundo. — se apóia em meus ombros — Illeana tem sorte de ter um pai como você.

— Ela tem? — a olho — Ela mal fez sete meses e não deixa nem eu me aproximar dela.

— Porque ela é desconfiada, igual a você. — ri fraco — Você será um excelente pai, Decks.

— Como sabe disso?

— Porque como irmão mais velho, você supriu todas as necessidades possíveis. — diz sincera — Eu não me lembro muito do papai, mas me lembro de você. E sei que Owen também pensa assim. Você foi o nosso melhor pai.

— Tá legal, mamãe te ofereceu dinheiro pra vir encher minha bola? — franzo o cenho, disfarçando a emoção

— Não. — ela ri — Tô aqui de graça. — beija a minha bochecha — Te amo, Decks.

Bring Me Back - O Retorno de TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora