Bring Me Back - O Retorno de Toretto

CAPÍTULO 17: PROBLEMAS

AMÉLIA TORETTO

Suspirei enquanto ouvia minha família conversando, durante o jantar. Apesar de participar da conversa, vez ou outra, eu estava pensando em uma forma de ajudar Mike a negociar com os caras que ele deve e libertar a pequena Olivia, que eu ainda nem conheço.

— Meu plano pra esse ano, é encontrar uma casa pra viver com minha esposa e meu filho. — Dom diz empolgado — Não dá mais pra viver em lua de mel constante.

— Ei, fui eu quem te disse isso. — Letty o olha e todos rimos

— Bom, eu vou dar um jeito de ficar mais rico. — Roman dá de ombros

— Eu pretendo colocar essa criança pra fora. — Mia resmunga, acariciando a barriga enorme

— É, tá na hora da princesa sair. — Brian sorri para ela

— Eu pretendo não ter que livrar o Owen de nada. — Deckard dá de ombros

— E você, irmã? — Mia me olha

— Eu tenho que resolver algumas coisas agora, inclusive, essa semana. — digo concentrada em cortar meu bife, mas sinto os olhares de todos em mim — Depois, não sei. Eu tô cansada de vadiar e solidão.

— Cansada de vadiar? — Roman me olha — Você mal tem vinte e quatro anos.

— Tem gente que almeja coisas na vida, Roman. — Tej comenta — Nem todo mundo quer ser um vadio a vida toda.

— Tá aí, gostei. — Brian sorri e eu o olho, mastigando — Pretende casar e formar sua própria família, algum dia?

— Eu tô feliz com a família que eu tenho agora. — murmuro

— Você precisa amar alguém, algum dia. — comenta

— Eu já amo. — suspiro — O problema aqui é encontrar alguém que me ame também.

Dom, Mia e Letty encaram Deckard sem a menor cerimônia. Eu me encolho na cadeira e volto a jantar, observando Jack comer sozinho e sorrir pra mim.
Ao fim do jantar, eu me coloquei pra lavar a louça e fui ajudada por Ramsey e Laura, que estavam empolgadas com um mergulho que fariam no dia seguinte. Eu engoli minhas palavras, dizendo que talvez fosse resolver umas coisas amanhã mesmo.
Depois de tudo arrumado, deixei todos no primeiro andar da casa e fui para o meu quarto, na intenção de dormir um pouco, mas antes liguei para o Owen.

— Está melhor, amor? — ele pergunta assim que atende

— Estou. — suspiro — Escuta, eu sei que você mentiu pra todo mundo, dizendo que vai descansar, mas será que você poderia me ajudar com um cara de um cartel mexicano?

— O que o Mike fez? — o ouço suspirar

— Está devendo trezentos mil dólares e, agora, pegaram a filha dele.

— O que? O Mike tem uma filha e a mãe não é você?

— Owen! — reviro os olhos

— Calma, calma. — pede paciente — Vou ver o que posso fazer por você.

— Não, não. Quero resolver isso pessoalmente.

— Vou mandar um carro te pegar, esteja pronta às quatro.

— Eu estarei.

— Já avisou pra Laura?

— Não tive tempo, melhor não envolvê-la nisso.

— Você que sabe. Te mando uma mensagem pra avisar que o carro chegou.

— Certo, obrigada.