Bring Me Back - O Retorno de Toretto

CAPÍTULO 41: COMEÇOU

AMÉLIA TORETTO

Respirei fundo ao notar que, diferente do que eu pensava, eu não conseguia desacelerar. Enquanto Dom, Owen e Deckard discutiam fervorosamente sobre possíveis nomes para a minha filha, eu me mantinha sentada no sofá de couro, recebendo cafuné de Mia e massagem no pé de Letty. Owen tentava a todo custo fazer Deckard mudar de ideia sobre o nome escolhido. Curiosamente, Owen tinha uma lista em um caderninho com os cinquenta nomes mais bonitos e simples do mundo, segundo um blog britânico. Dom dizia que Owen não deveria se intrometer e Deckard batia o pé, decretando que já estava escolhido. Minha pequena miss sunshine se chamava Illeana Shaw, sem direito a nome do meio e negociações. Honestamente, sinto um alívio no peito por finalmente dar um nome à ela e, apesar de diferente, é um nome forte que combina muito bem com Shaw.

— Pra começar, eu nunca nem ouvi esse nome. — Owen diz exaltado

— Porque você é um ignorante. — Deckard rebate

— Eu acho Illeana lindo. — Mag se pronuncia

— Mãe, o nome do seu filho é Deckard. — Owen murmura — A senhora não pode opinar.

— Illeana é uma variação do nome Helena. — Hattie explica — É grego e significa luz.

— Como é que você sabia disso? — Dom a olha

— Decks sempre disse que achava esse nome lindo. — ela dá de ombros

— Esse nome não é lindo! — Owen insiste

— Eles vão debater isso a noite toda. — Mia murmura rindo

— Com certeza vão. — murmuro

— Eu gosto de Illeana. — Letty dá de ombros — É único.

— Pelo menos não é uma junção ridícula dos nomes de vocês. — Ramsey comenta

— E que junção interessante sairia de Deckard e Amélia? — franzo o cenho

— Sei lá. — ela me olha — Decklélia?

— Puta merda. — reviro os olhos

— Cada nome tem sua beleza própria. — Mia diz ainda fazendo carinho nos meus cabelos — O que torna um nome bonito é o significado que ele tem para nós. Por exemplo, Amélia nunca gostou de Maria Christina.

— Eu não gostava quando era criança, imagine agora que sou Amélia. — murmuro e ela belisca meu braço — Au!

— Eu reconheço que ele não é muito bonito, mas o significado é. Foi o jeito do papai homenagear a sua mãe e o meu jeito de homenagear você.

— Quando a minha sobrinha crescer, por favor, não diga a ela que eu tenho culpa desse nome horroroso. — digo

— Ah, tá, por que o seu novo nome é lindo, né? — Letty me olha — Amélia Elizabeth.

— Tá, reconheço que Elizabeth era desnecessário, mas eu nem tinha sobrenome. — me defendo — As enfermeiras deram o melhor de si, considerando uma órfã toda quebrada, recém saída do corredor da morte. — suspiro — Vem cá, você falou sobre a minha mãe. Como ela era? — me ajeito no sofá, encarando Mia

— Ah, ela era exatamente igual a você. — ela sorri — Esbelta, morena, gentil. Teve eclâmpsia durante o parto, acabou não resistindo. Mas ela era uma pessoa muito legal.

— Ah. — murmuro e calço meu pé na bota — Jakob me disse que nosso pai tinha uma foto dela e que Dom a guardou, quando ele morreu.

— Sim, verdade. Deve estar na garagem, já que foi a única coisa que seu marido não explodiu. Christina adorava o Jakob. Ela era muito gentil com ele.