Você não me atendeu

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   Às oito horas da noite,sai daquele carro tendo a porta sendo aberta para mim enquanto mantinha meu bebê dormindo em meu colo com uma manta lhe cobrindo. Agradecendo Luan,esse que ficou comigo no hospital até essas horas,entro em casa podendo encontrar o mesmo silêncio que ficará o dia inteiro,um silêncio que indicava a ausência de Bryan e da covarde que trabalhava para meu namorado.

     Ao subir as escadas e adentrar o quarto do meu filho, suspiro aliviada e cansada por ter ficado o dia inteiro naquele hospital. O colocando em seu berço,deixo um beijo em sua cabecinha desnuda - por ter retirado a touquinha - e o cubro de forma delicada. Mateo não estava perfeitamente bem,pois sua garganta ficou ferida o bastante para lhe impedir de emitir qualquer som, até mesmo seu chorinho se transformou em apenas um sinal de lábios. Mas João me garantiu que em duas semanas,meu bebê estará recuperado.

    Fechando a porta do quarto,sigo para as escadas e as desço rapidamente indo a procura da mulher desumana que ousou tentar contra a vida do meu filho,contra a vida de uma criança que ao menos possui um ano de idade. Adentrando a cozinha,a encontro sentada em uma das cadeiras do balcão enquanto se mantinha destraída mexendo em algo no celular que estava em suas mãos.

   Me aproximando por trás, puxo seus cabelos os prendendo entre meus dedos a fazendo gritar pelo susto e gemer pela dor,fazendo-a se levantar a arrasto até a sala de estar  lhe jogando contra o sofá. Seus olhos me encaravam irritada e de forma ameaçadora como se tentasse me intimidar,porém isso não era possível,pelo menos não quando estou defendendo meu filho.

    — Sua maluca! Você enlouqueceu? — rosnou se pondo de pé enquanto tentava arrumar seus fios.

    — Não,ainda não enlouqueci,pois se isto tivesse acontecido você estaria sem nenhum fio de cabelo — me aproximando,a empurro contra o móvel mais uma vez.

     — Posso te processar por agressão,sua vadia! — me ameaçou demonstrando estar assustada com meus atos.

     — Você é um monstro,uma pessoa podre. Você é um lixo que deveria ser removido da vida de muitas pessoas. Como você pôde fazer isso com uma criança? Como pôde machucar um bebê? — em meio aos meus questionamentos,as lágrimas voltaram a cair em meu rosto.

     Ouvindo sua gargalhada e o som de suas palmas preencherem cada centímetro daquela sala de estar,a vejo se pôr de pé a minha frente e me encarar friamente,como se não existisse nenhum tipo de sentimento dentro de seu coração. Sabrina era uma monstro que pensava somente em si,se dava para se ver bem, não importaria se estivesse matando uma criança.

    Sem me importar com o que viria a acontecer momentos depois,desferia a primeira bofetada contra seu rosto a fazendo engolir o sorriso tendo outra reação. A vendo fazer menção de revidar,segurei em seu pulso o torcendo fazendo-a gritar por ajuda e para que lhe soltasse,e com medo de que meu bebê acordasse com o escândalo de Sabrina,a arrastei para fora da casa e a lhe empurrei contra os curtos degrais de entrada.

     — Vou acabar com você,sua meretriz,ninfeta dos internos! — Sabrina esbravejou em tom de ameaça enquanto se colocava de pé e segurava em seu pulso dolorido.

     — Não me ameaçe, não tente me desafiar. Achou mesmo que as coisas ficariam como estavam? Se você tocar em meu filho mais uma...eu te mato — Revidei a ameaça.

     — Você é louca! — gritou.

   Mesmo podendo ver os seguranças se aproximarem rapidamente,assim como carro de Bryan que adentrava os portões a poucos metros de distância, não me importei em aproximar-me e segurar em seus cabelos novamente.

     — Se não me conhece, não sabe um terço do que sou capaz de fazer com pessoas como você, então não tente me ameaçar ou se passar de vítima diante de mim — a cada palavra,a faço se curvar ficando de joelhos naquele chão com pedrinhas pequenas que certamente lhe causaria uma certa dor.

um bebê em minha vida[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora