Nosso momento

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   Observando Bryan com Mateo em seu colo enquanto fazia cócegas em sua barriguinha, não conseguia e muito menos desejava esconder o sorriso de admiração e amor que estava em meu rosto. Depois de dias tempestuosos e caóticos, finalmente estava conseguindo me sentir bem e feliz, estava com as pessoas que se tornaram a minha família e,apesar de haver dois malucos tentando destruir tudo o que estamos construindo juntos,sei que tudo terminará bem e como deve ser, acredito que o destino não nos separaria, não depois de tudo o que estamos passando.

   — Amor,acho que o Teo está com sono!

    Despertando de meus pensamentos com sua voz,olho para meu bebê que estava aconchegado no colo do pai e se preparando para dormir. Tocando em seus cabelos macios e sedosos,sinto meu sorriso se ampliar. Era impressionante o quanto minha vida mudou até esse momento, incrível poder dizer que finalmente estou sendo feliz e seguindo meus sonhos,as vezes me pergunto em que momento me despertarei em minha cama tendo a triste realidade de que tudo não passou de um sonho projetado por minha mente abalada por tudo o que me aconteceu durante anos.

     — É surreal! — sussurrei mantendo meu olhar no pequeno bebê — nunca pensei que poderia ter tudo isso... Um filho perfeito,uma vida quase tranquila e um namorado incrível como você.
  
   Poderia não dizer com frequência,porém Bryan sabia o quão me sinto bem ao seu lado, termos tido discussões irrelevantes nos faz perceber sermos um casal como qualquer outro,um casal que fará o possível para viver bem e feliz. Nunca foi meu sonho tudo isso, pois queria um filho em alguns anos,queria uma vida estável e uma pessoa que me amasse como poderia ser capaz de o amar,mas em hipótese alguma me enxerguei tendo o que conquistei. Bryan é o homem que amo e me deu um filho - mesmo que não seja biológico - maravilhoso.

    — Esse é somente o início das nossas vidas, Trina! — tocando em meu rosto com uma de suas mãos, Bryan murmurou mantendo um olhar intenso sob o meu.

    Sei que não seremos somente pétalas de rosas,assim como também sei que saberemos lidar com os obstáculos que surgirem, porém, enxergando tudo isso,tenho a certeza de que teremos de colocar a ser sentimento,esse a amor a prova. Saberemos o quão forte ele poderá ser.

    Com nosso bebê dormindo tranquilamente nos braço e Bryan,observava a pouca movimentação daquele central park,talvez por ser quase nove da noite no horário não ser apropriado para crianças correrem de um lado para o outro,ou talvez,por ser um dia em que as pessoas gostariam de aproveitar deitados em suas camas enquanto um filme qualquer possa estar passando na tela de seus televisores. De certa forma, me pergunto o porque da ausência de movimento.
   Então,como se o mundo e o destino estivessem planejando algo para minha vida,pude avista duas pessoas a alguns metros e distância,ambas usavam roupas discretas,um olhar ameaçador era direcionado a mim e meu namorado. Não tinha ideia do que poderiam estar planejando fazer, porém não pagaria para ver até onde a maldade humana pode ir e causar.
   Apressando meu passos para próximo a Bryan,esse que colocava nosso filho na cadeirinha,toquei em sua costas o fazendo se contrair e olha para mim com um sorriso no qual sempre amei presenciar,mas que naquele momento,nada conseguia tirar a maldita sensação de algo aconteceria,a maldita sensação de que lágrimas cairiam. Estava com medo,estava apavorada e, certamente, visível através de meus olhos.

    — Katrina,o aconteceu? Você está pálida? Está passando mal? — a preocupado em sua voz era evidente.

    Apenas assenti em um breve aceno e fechei a porta do carro onde meu bebê estava,para logo em seguida,me direcionar para acento ao lado do motorista que seria ocupado por Bryan. Com o cinto de segurança abraçando meu corpo,pude finalmente descansar minha cabeça em algum lugar - que se tornou o apoio do banco do carro - para poder assimilar com mais calma o que poderia e iria acontecer se não nos mantessémos atentos.

     — Me diz o que me está acontecendo, você estava tão bem a alguns minutos atrás — Se sentando ao meu lado enquanto colocava a chave na ignição, Bryan insisti calmamente,porém a instiga em uma mente poderia lhe deixar irritado.

     Poderia omitir com um desculpa esfarrapada,poderia encobrir essa sensação e esse med, porém, meus ombros não sabem mentir,meu corpo não sustenta uma mentira. Mentir para Bryan se tornava o mesmo que deixar pistas,um sobre a outra, preferia dizer a verdade,pois antes de Mateo ser meu filho,ele era o do homem que me observava atrás de respostas.

     — Estava olhando ao nosso arredor... Havia duas pessoas nos encarando com olhares irritados,um olhar ameaçador,como se dissessem o que planejariam fazer. Pode parecer paranóico de minha parte,mas a forma que aquelas pessoas estavam me deu total certeza de que nada ficaria bem — com minha mãos sobre meus colo,as encarei temendo o que poderia acontecer.

    Observando detalhadamente tudo o que nos aconteceu com esse pouco tempo,a aproximação de Guilherme e Vanessa,tudo teve um único motivo para consegui-lo,ambos estavam atacando onde lhes fosse conveniente, seja em mim,Bryan ou até mesmo em Mateo. Entretanto, sabendo o que Guilherme quer comigo,tenho a certeza de que serei o alvo central e,a caso não funcionar,aqueles doentes tentariam algo contra meu bebê.
   Sentindo um aperto em meu peito, me permiti fechar meus olhos e suspirar aliviando a pressão que estava sentindo. Era para nosso dia terminar bem,para que nada interrompesse nosso momento de tranquilidade e lazer,mas nada seria desejássemos e estava ciente disso,meu medo é que as coisas se compliquem e que as ameaças se tornem realidade.

    — Tem certeza? Pode ser alguém procurando por alguém, estamos em um parque, Trina! — mesmo com suas palavras descrentes,sabia que Bryan não descartaria a possibilidade de ser verdade.

    — Se você tivesse visto a forma que nos encaravam,a maneira que tentavam passar despercebidos mas falhando arduamente. Sei que há alguém nos vigiando,assim como sei que Guilherme e Vanessa estão por trás de tudo isso. Eles têm um objetivo e não irão parar enquanto não conquistarem.

    Bryan preferiu se manter em silêncio, não voltou a me questionar,mas podia enxergar como minhas palavras haviam surtido enfeito. Queríamos que as coisas fossem diferentes,porém não eram e estariam longe de ser, estávamos cercados de pessoas que nos querem mal, então seria ingenuidade insistirmos em acreditar que estamos seguros e livres para andar tranquilamente pelas ruas da cidade.
    Assim como durante o percurso Bryan se manteve em silêncio,ao entrarmos em casa não foi diferente. O vendo seguir para seu escritório, segui para o segundo andar com meu bebê em meus braços,pois precisaria colocá-lo para dormir e tentar organizar alguns papéis da faculdade.

    — Vamos tomar banho meu porquinho? Sei que seu soninho está maravilhosamente bom,porém precisamos nos limpar — sussurrando,o deixo em seu berço,para preparar a água.

    Em minha idade,muitas outras pessoas estariam planejando viagens, festas e entre outras coisas - o que de certa forma causa muita crítica em minha escolhas - porém,jamais tive o sonho de jovens. Sonhava com a conclusão de minha faculdade,um bom emprego e um vida estável,queria um bebê,um filho para complementar minha vida e para completar minha felicidade, então,se torna compreensivo o meu motivo de ter dado entrado nos papéis para adoção do meu pequeno. Loucura? Talvez para uns,mas para mim,foi apenas uma adiantamento de tudo que planejava.
   Entre chorinhos e manha,meu bebê ficou limpinho e cheiroso em menos de meia hora. O colocando em seu berço novamente, sentei-me na poltrona ao lado e o observei dormir tranquilamente. O queria assim,longe de perigo, então o protegeria de todas as formas possíveis. Mateo ficaria seguro.

   *Sem revisão*

um bebê em minha vida[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora