Uma perda?

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  capítulo dulpo
Sem revisão!

   Era difícil fechar meus olhos ao ter a consciência de que ela não estava bem. Em todo momento em que tentava me acalmar e descansar,a imagem de Katrina se projetava em minha mente fazendo-me lembrar de tudo o que poderia acontecer enquanto não pudéssemos fazer absolutamente nada. Confesso que até tentei apressar o me passos dos policias responsáveis por toda a operação,porém tenho de admitir que seria algo arriscado para a vida da minha namorada. Mas agora,após uma noite em claro tentando entender o que aquela equipe planejava, estávamos dentro de uma floresta onde tínhamos a visão de uma pequena cabana abandonada.
   Não haveria muito o que pudesse fazer juntamente aqueles homens treinados,porém não desperdiçaria a chance de ser o primeiro a abraçar a mulher que amo,o primeiro a lhe acolher em meus braços dizendo que tudo ficaria bem e que nada nem ninguém poderá nos separar novamente. Quero ter a chance lhe pedir perdão por não conseguir lhe proteger como prometi,e mesmo que ela possa dizer não ser minha culpa, quero poder insistir enquanto a tenho juntamente a mim. Quero lhe proteger com minha vida se necessário for.
    Um único carro estava estacionado em frente,e uma única pessoa estava sentada no pequeno degraus de madeira desgastada pelo tempo em que tudo ali estava abandonado. Me mantendo juntamente a equipe secundária,assisti a primária o abordar e lhe algemar com tamanha facilidade que diria que Tedesco não estava no mesmo mundo em que todos nós. Algo lhe foi dito ou feito,algo que lhe deixou preso em um lugar pertencente somente a si e sua mente.
    Dois policiais ficaram comigo ali e o restante seguiu para cercar a cabana,mas no momento em que vi os três outros oficias que adentraram, saírem a passos para trás enquanto Gustavo segurando Katrina como refém,tive o impulso de me mostrar aproximando-me podendo enxergar o desespero nos olhos da minha namorada.
    Sua pele estava pálida,porém havia duas marcas em seu rosto,uma a cada lado,semelhante a uma bofetada. Um corte em seu lábio inferior mostrava o quão força vida usada no momento em que foram agredida. Olhando para mim,a vi negar em um breve aceno e enquanto lágrimas se faziam presentes em seus olhos e deslizavam por sua face cansada,era como se estivesse me dizendo algo,como se precisasse que me mantivesse o mais longe possível.

     — Solte a garota! — o chefe de equipe pediu mantendo sua arma apontada na direção de Guilherme.

    Em uma gargalhada,o vi desarmar a arma e a pressionar contra a cabeça de Katrina,mas ao contrário do que qualquer outro refém,ela estava calma. Suas mãos estavam amarradas para frente por uma corda apertada,o que me fez perceber haver ferimentos em seus pulsos.

     — E você, Bryan! Achou mesmo que deixaria você tê-la ao seu lado? Realmente acreditou que fico seria simples de se resolver? — Guilherme se voltou até mim.

     — Não,nunca pensei que seria algo simples e fácil, apenas demonstrei não estar disposto a desistir — lhe respondi com convicção em minhas palavras.

      — Você e minha irmã são tão semelhantes! — riu sem humor — dois idiotas que tentaram destruir meus planos e minha vida.

      — Do que você está falando? — questionei confuso enquanto o vi apertar Katrina mais contra si.

     Com um sorriso sarcástico em seus lábios e um olhar desafiador, Guilherme negou em um breve balançar de cabeça.

     — Quem você acha que sequestrou aquele bastardo? Quem você acha que o levou até a porta do apartamento da minha doce e querida katrina? — perguntou de forma óbvia — era tudo um acordo com aquela desgraçada, Bryan! Vanessa não lhe deixaria com aquele bastardo,não depois que você deixou claro não ceder mais nenhum centavo para suprir os luxos dela.

     Durante todo esse tempo e após as contusões em relação ao sequestro de meu filho para lhe deixar na porta da casa de Katrina,minha desconfiança sempre esteve em Vanessa,mas em momento algum pensei haver toda uma estratégia com seu irmão. Muitas vezes recebi ligações e mensagens dela pedindo por uma outra quantia,cada uma mais alta que a outra,nove entanto,sempre neguei dizendo não fazer suas vontades e acreditando que nada aconteceria com meu bebê. Mas chegar em casa e não o encontrar provou o contrário,e somente agora pude enxergar que era o culpado.

     — Iria me aproximar de Katrina novamente,pois sabia que seus pais seria contra ela ficar com aquela criança. Estava tudo planejado: me reaproximaria,lhe ajudaria a cuidar daquele bastardo que supriria a perda do nosso bebê e em pouco tempo, estaríamos como quando começamos a namorar — suas palavras demonstravam o quão o estava — mas você surgiu para estragar tudo. Estava monitorando todos o passos dela, até mesmo quando você a colocou naquela clínica.

    Olhando para Katrina que parecia estar se sentindo mal,dei um passo em sua direção e foi nesse momento em que Guilherme levou o dedo no gatilho pressionando a arma contra minha namorada, e os policias,esses que foram responsáveis por fazer a guarda do lado de fora da cabana, começaram a se aproximar por trás,tudo com o máximo de cuidado possível para não lhe alertar.

     — Por que está me contando tudo isso? Qual seu intuito? — questionei sem desviar meu olhar de Trina.

      — Você e minha irmã interferiram uma vez,agora não conseguiriam mais...— com suas palavras confiantes,Guilherme empurrou Katrina contra mim e levou a arma até sua cabeça,o que fez os policias pararem antes de sequer poder tocá-lo para lhe algemar.

     — Abaixa essa arma, vamos conversar garoto! — um dos policiais pediu em tom de negociação.

    Ignorando as palavras do oficial, Guilherme sorriu e negou enquanto olhava para Katrina abraçada a mim. E ao senti-la perder as forças fazendo-me lhe colocar sentada naquele chão,soube que algo havia acontecido e que ela não ficaria bem.

     — Sua amada estará morta em menos de uma hora,o veneno que apliquei em sua veia está entrando em cada corrente sanguínea de seu corpo. Acontece de forma lenta, mas quando alcançar o coração será como se um bomba relógio explodisse de seu peito — revelou fazendo-me olhar em desespero minha namorada cada vez mais pálida e com a respiração pesada e lenta.

    E antes que pudéssemos fazer algo contra si, Guilherme puxou o gatilho contra si fazendo seu corpo cair sem vida naquele chão. Era visível tudo o que planejou: Guilherme era obsessivo com Katrina, não deixaria ninguém se aproximar dela, então sua única saída havia sido causar sua morte. Seu egoísmo era tão grande que também optou por deixar de viver.
    Ignorando os chamados dos policiais,peguei Katrina em meus braços e a levei até meu carro que se encontrava um pouco afastado de onde estávamos. Não perderia minha namorada, não deixaria que um psicopata a tirasse de mim.
   Enquanto mantinha uma de minhas mãos sobre o volante tomando direção ao hospital mais próximo,com a outra,busquei por meu celular em meu bolso e disquei o número de Vitor. Por opção sua,ele decidiu ficar em minha casa aguardando informações juntamente a Ruth que acreditava que tudo terminaria bem e com a “ menina” atravessando a porta de entrada do lugar onde jamais deveria ter saído, porém ao contrário do que imaginávamos,katrina não voltaria sã e salva. Estava sendo dolorasa essa realidade.

um bebê em minha vida[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora