Você?

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Katrina Tedesco

   Entrando em minha casa deixando minhas coisas sobre o sofá,sigo em direção a cozinha para preparar algo. Havia exatamente três dias que Guilherme veio me procurar e três dias que sai do hospital, obviamente Bryan não gostou e muito menos aprovou que ficasse em minha      casa,para ele,seria conveniente que ficasse em sua casa, pelo menos até que resolvessemos esse problema com o filho da puta só meu ex. Sinceramente, não sabia o que tanto aquele verme estava tentando fazer, não sabia o que ele queria ao infernizar a minha vida,confesso que Guilherme sempre foi possessivo e não gostava de me ver conversando com outros garotos,ele sempre deixou claro que minhas amizades deveriam ser apenas com garotas,o que explica a sua possessividade em me querer ao seu lado novamente.
   Ouvindo tocarem a campainha,olho para as horas em meu relógio estranhando que teria alguém em minha porta em pleno dez da noite. Saindo de minha cozinha voltando para minha sala de estar,abro a porta meio exitante,mas ao encontrar meu namorado parado a minha frente, suspiro aliviada deixando um sorriso se formar em meus lábios.

   — Pensei que estaria em casa,amor!

   Lhe dando passagem para que entrasse,fecho a porta virando-me para ele. Sendo abraçada pela cintura,entrelaço meus braços ao redor de seu pescoço.

   — Decidi vir ver como minha namorada teimosa está. Você bem que poderia estar em minha casa, cuidando do Mat,dormindo em meu lado...

   Deixando alguns beijos em meus pescoço, Bryan sorri apertando minha cintura novamente,o que me fez arfar.

   — Sabemos que se fosse para ficar em sua casa,seria até tudo isso se resolver,porém não sabemos quanto tempo isso levará— revirando os olhos,Bryan se afasta demonstrando estar insatisfeito.

   Sabia que sempre que lhe contrariasse,haveria uma possível briga entre nós,o que com um tempo, se tornaria desgastante levando nosso namoro ao fim,pois um relacionamento que gira em torno de brigas,tende ao mesmo fracasso que um relacionamento no qual somente um ama,o que não é o caso entre mim e ele.

   — Nós conversamos,amor! Ficou tudo exclarecido que ficaria aqui e que tomaria cuidado,disse que se acontecesse algo suspeito,iria te informar— aproximo-me tocando em seu rosto.

   — Tudo bem! Não vou discutir por isso novamente,Katrina —se sentando, Bryan cruza os braços sobre o peito e desvia o olhar de mim.

   Suspirando pesadamente,me aproximo sentando-me em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo. Entrelaçando meus braços em seu pescoço,porém Bryan sequer encostou em mim.

   — Você irá agir assim? Sinceramente, não sei porquê você veio então!

   Nunca fui de insistir em algo, não seria agora que tentaria ficar bem com alguém que ao menos está respeitando minha decisão. Bryan conseguia ser marrento quando queria. Saindo de seu colo, suspiro voltando para minha cozinha.
  Quando sai do hospital, Vitor, Bryan e Dante foram contra em me deixar voltar para minha casa,porém ao manter firme minha decisão, Vitor e Dante aceitaram e se colocaram a disposição para me ajudar caso houvesse algum problema,mas Bryan,ao contrário do amigo,fez o possível e o impossível para me fazer mudar de ideia e ao ver que não conseguiria isso,apenas saiu me deixamos sozinha com as duas pessoas que se tornaram minha família. Embora tenha ido contra minha decisão e que não a apoiasse, ele deveria pelo menos tentar manter nossa união estável,deveria pelo menos agir como se não tivesse acontecido nada que trouxesse essa briga.

   — Amor!...

   Olhando para Bryan que entrava na cozinha,me sento no balcão de minha cozinha enquanto preparava um sanduíche.

   — Não vou discutir,Bryan — o sentindo se sentar ao meu lado,lhe direciono meu olhar.

   — Me desculpa? Sei que deveria apoiar suas decisões,mesmo não concordando. Quero apenas te manter segura e bem, não quero que nada aconteça com você...— tocando em meu rosto,sorrio fraco.

  — Prometo me cuidar e se algo acontecer, você será a primeira pessoa que irei ligar,a primeira pessoa que procurarei ajuda — segurando uma de suas mãos,deixo um beijo na mesma o fazendo se aproximar virando-me em sua direção ficando entre minhas pernas.

   — Eu te amo marrenta!

   Sorrindo por sua declaração,lhe puxo para um beijo no qual demonstrava a reciprocidade,no qual demonstrava que com simples gestos, ele havia me conquistado e com todo seu carinho,está me fazendo ter uma segunda nova chance de ser feliz. Bryan e Mateo são minha família,são parte de mim e que não suportaria perder, não deixaria que tirassem de mim,que mais me ajudou a ter sentido,me ajudou a redescobrindo como é a vida. Somos duas pessoas que precisavam encontrar a vontade de uma nova chance,somos duas pessoas que sofreram no decorrer do tempo,mas que estavam dispostas a recomeçar em outro lugar,em outra cidade e com outra pessoa. Amar esse homem se tornou a melhor coisa que poderia me acontecer,ter vindo para essa cidade com Mateo em meu braços e como meu filho,me fez ver que não há fronteiras para aquele que sonha, não há limites para aqueles que buscam um novo estilo de vida e uma nova forma de se encontrar.
   Deixando três selinhos em seus lábios,sorrio ainda mantendo seu corpo junto ao meu. Sentindo o calor de seu corpo contra o meu,senti que o clima entre nós esquentaria e bastaria uma decisão de Bryan para que pudéssemos atravessar uma barreira de insegurança que ele impôs,pois segundo ele,passar para algo mais íntimo comigo,deixaria dúvida em minha mente e não era bem isso que gostaria,pois jamais queria imaginar que minha mente pudesse pensar que ele queria apenas uma noite comigo e mais nada. Bryan é um cara maravilhoso,perfeito em todos os sentidos,sabe fazer tudo que possa agradar uma mulher,seu único defeito, é pensar que pode supor os pensamentos de alguém, é imaginar que minha mente poderia pensar besteira e que levaria ao fim de nosso namoro,o que se depender de mim,jamais irá acontecer.

   — Também te amo,Bryan!

    A fazer menção de puxa- lo para um outro beijo,ouço a campainha ser tocada,o que mais uma vez,fez- me estranhar. Saindo da cozinha com Bryan atrás de mim, suspiro fundo temendo mais uma vez,abrir aquela porta,pois não fazia sentindo alguém vir em minha casa a essa hora da noite. Abrindo a porta,ergo meu olhar para a pessoa podendo sentir meu coração acelerar e minha respiração falhar.

   — Você?...— sussurrei incrédula.

   Por mais imaginasse lhe ver algum dia,jamais imaginei que seria ali, parada na porta de minha casa com um sorriso nos lábios...

um bebê em minha vida[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora