- Eu já lhe disse para parar de aparecer na enfermaria do templo, mas você não me dá ouvidos. - Kakashi disse pigarreando, entonou como um aviso porém dissolveu - se em risadas cômicas ao baforar o charuto.
- Uh? - A loira resmungou, a cabeça pairava rondando, estava confusa, as memórias transcorriam sobre si de maneira vutuosa e obscura, palavras negras pareciam ser entonadas, ouvia mentiras e verdades sobre si no qual não conseguia discernir sobre qual dar ouvidos.
- Vejo que você não está bem. - Kakashi retira alguns comprimidos vermelhos de uma das gavetas do ambiente, e as orbes de Tsunade se pegam focadas no movimento inebriante das leves cortinas enquanto as vozes vão aumentando de maneira gradativa, ferindo seus ouvidos.
- Merda. - Os olhos do Hatake miram os seus analiticamente, o semblante franze de maneira nada complacente com o seu estado, ele se move ansioso entendendo dois de seus dedos com agilidade, nos quais simultaneamente justapôs sobre seu ouvido o atravessando de maneira rápida, ao que a mesma soltou um chiado agonizante.
- Cənazə şəklində göylərin hissini işıqlandıran səhər işığı ilə qalxın, çıxın - Os vergões cresceram - se formando raízes desde seu pescoço até o ombro direito, no qual tomaram um tonalidade escura, a loira expeliu fumaça por sua boca, tossindo logo em seguida.
- O que você fez Jiraiya? - Kakashi não externalizou os pensamentos, apenas a fitou convicto e lhe fez engolir a pílula rubra, sentiu a língua dormente e a tosse candenciada, o peito subia e descia rapidamente, sentia um líquido preto escorrer em filetes pequenos, era ácido e quente, carimbando cada fragmento de sua tez.
- Calma Tsunade. - A voz de Kakashi soou distante, suas mãos cálidas friccionavam os ombros da loira.
- Não encoste em mim, Senju nojento. - Tsunade disse com o semblante contraído, as unhas cresceram fisgando a pele do Hatake, fazendo as gotas de sangue rodearem seu antebraço tracejando seu percurso até os dedos da loira, o alvo chiou e enfiou as mãos cobertas por luvas sob seu casaco pesado, puxando uma seringa.
Os olhos de Tsunade pesaram, a visão se distorcia em borrões incompreensíveis, o líquido do recipiente de vidro aos poucos perpassava por sua carne fisgado em uma força maior do que a normal, ela sentiu uma corrente potente jogando seu corpo para frente enquanto seus ombros debatiam-se tentando sobrepor a força invisível do vento. A postura austera de Kakashi fê-la soltar um ruído descontente e agonizante enquanto ela juntava a saliva na ponta da língua de maneira inerte e desajeitada pelo efeito do que lhe foi aplicado, logo, ela lançou o cuspe em um jato retilíneo que acerta o espaço vago entre as sobrancelhas alvas do mesmo.
- Morra maldito, você sentirá a fúria das três encarnações. - A risada carregada no deboche preencheu o cômodo ao passo em que o corpo relaxava cedendo ao abismo do tranquilizante.
- Espero que você esteja em um buraco escuro até lá, por mais que você se faça de bonzinho a sua raça é podre e traidora. - A loira disse profusamente, Kakashi deu uma risada superior puxando a gola do manto de Tsunade enquanto erguia um de seus palmares balançando o frasco da seringa vazio.
- Escute bem. Sei que és Tomuki. Por mais que não acredite em minha raça eu sou sua única aposta. - Ele conteve um gemido satisfeito enquanto os dedos cálidos e grosseiros reforçavam o agarre - Espero que não conte com a sorte para achar alguém tão capaz quanto eu.
- Oh jura ? - A risada vazia de Tomuki se fez presente de maneira calma e lenta, sua língua tropeçava entre a pronúncia das palavras, que se tornavam pesadas e difíceis de se externalizar. - Você é tão substituível quanto qualquer peão.
- Se eu pudesse te mataria agora mesmo, porém meus ideias são beneplácitos com os de Jiraiya, e mesmo não gostando de você, te prejudicar seria prejudicar o meu mestre. - Kakashi disse arqueando a sobrancelha fina enquanto sacudia o corpo frágil e indisposto da mulher, atirando-a na cama de maneira indelicada.
- Veremos até quando ele te descartar.
- Veremos..
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A enviada | JiraTsuna
FanficTsunade sabia que não estava lá para superar perdas ou ser perdoada, ela só sabia que não tinha aonde pertencer, passava noites se sentindo vazia, frustrada, cansada, apenas para se render a igreja e a ideais considerados corretos que a sociedade ju...