A enviada | JiraTsuna

Encontro

- Respire, permita que o ar chegue aos seus pulmões. - Kakashi lhe dava as instruções calmamente enquanto estirava sua coluna ao comprimento do leito. Seu corpo convulsionava e as orbes vagavam pelos detalhes do cômodo branco.

Alguns lençóis finos estavam colados a sua pele e o suor porejava por sua testa, o estômago revirava ansioso, enquanto podia ouvir Hiruzen recitando algum mantra religioso.

As cortinas balançavam junto ao vento, arejando o local, porém o mesmo parecia quente, ínfimo diminuto.

- Tsu.. Na..De.. - Uma voz masculina soou derrepente transcorrendo como um bálsamo para o seu tão precário consciente.

- Tsunade - A voz foi cortada por alegres risadas, ao passo de que tudo esclareceu em um segundo, sua cabeça parou de vagar e sentiu - se leve, como se fluísse pelo ambiente em forma de essência, como se as reservas que lhe prendiam ao seu corpo físico sumissem, como se comunicasse com o meio espiritual enquanto sua cabeça arejasse, como se tudo fosse pouco para si, como se..

Estivesse viva

Vibrante, intocável, serena.

E então o dono da tranquilizadora voz se fez presente, olhos escuros como a noite, as bochechas marcadas por cicatrizes finas vermelhas e os cabelos brancos presos a uma trança, que estava decorada delicadamente com girassóis.

Sua mão instintivamente traçou as marcas de sua face, dedilhando cada pedaço do rosto alheio, como se desfrutasse de sua tranquilidade. O homem misterioso tinha vestes leves e finas, que se estendiam aos ventos e balançassem angelicalmente.

O homem apreciou do toque de Tsunade mas nada disse, sorriu tocando as mãos da loira e aproveitando o calor dos corpos leves.

- Quem é você? - Tsunade perguntou confusa, sua vitalidade estava renovada apenas de dirigir palavras para um desconhecido. Sua energia espiritual parceria reestabelecida também.

- Isso não importa. Estou feliz que nos encontramos de novo. - Ele sorriu gentilmente, e as mãos foram sutis de encontro com as suas.

- Porque eu sinto como se a minha presença..

- Completasse com a sua. - Ele terminou a frase colando as testas. As respirações sincronizadas e a paz mútua.

- Não se preocupe Mahina. Tomuki está em paz. - Por mais confusas que as palavras pareceram para si, no âmago de Tsunade, ela tinha ciência sobre o que o homem alvo dizia.

- Ma.. hi.. na ? - Ela murmurou o nome que lhe parecia tão familiar, as palavras escorreram de seu íntimo e se tornaram suaves quando foram externalizadas.

- O nosso tempo está acabando. - O homem disse, a frase pairou no ar. Tsunade não queria sair dali, ela queria vivenciar mais um pouco daquele sentimento, queria aquele pedaço de paz para si.

- Eu preciso saber de algo.. - Ela disse vagando entre manter - se imersa na presença alheia ou de se conformar com a falta reciprocidade a longo prazo de sua calmaria interior

- Não se preocupe. As perguntas certas serão respondidas nas horas certas. - O homem sibilou, e logo depois seu corpo se tornou areia, se dispersando aos ventos.