Campo

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   Tsunade estava sentada sob um longo campo verde, a grama se encontrava curta e acompanhava os movimentos enebriantes do vento, seus cabelos estavam escorridos em cascata, jorrando pelo seu ombro direito, seu traje era um longo vestido fino.

Seu corpo se mantinha em agradável sintonia, seus pulmões se enxiam com o cheiro das adoráveis roseiras próximas a si. Pôde sentir o cheiro de torta, torta de maçã, o aroma se assemelhava em tudo com as tortas de sua mãe.

A nostalgia encheu seu peito e seu âmago se oprimiu, frustrado com as memórias que desejava nunca ter tido.

O eflúvio se tornou chamativo, quase convidativo para si, e antes que se desse conta, seu corpo se guiou em direção a algum lugar desconhecido entre aqueles campos abertos.

Um pequeno chalé aconchegante a oeste de uma pequena horta de macieiras se fez presente. A chaminé da pequena residência soltava pouca fumaça, e no centro havia uma pequena janela em triângulo.

Ela andou até a porta e abriu - a, sentia que deveria estar ali, que aquele era o seu lugar. Foi quando viu a imagem de um homem de cabelos alvos. Ele estava com os cabelos presos em um alto rabo de cavalo, enquanto trajava um avental rosa grande.

Suas mãos estavam sujas de farinha de trigo e todo balcão da cozinha, algo já estava assando no forno enquanto ele ajustava um cronômetro analógico.

Ele se virou para a loira e lhe dirigiu um terno sorriso. Ele retirou um pano de prato e limpou o condimento de suas mãos.

- Parece que você veio Tsunade - O homem grisalho falou amigável, lhe indicando com o dedo uma cadeira para ela se sentar.

- Onde estou ? - A loira indagou, os olhos perscrutando cada detalhe do ambiente.

- Em um chalé. - Ele disse simplista, sentando - se rente a Tsunade.

- Não.. Onde realmente estamos? - Ela disse mais uma vez, com serenidade. O homem soltou uma lufada de ar e sorriu misterioso.

- Você não precisa saber - Tsunade fez uma careta divertida, mas depois arqueou uma sobrancelha em provocação.

- E se eu não quiser mais estar aqui ?

- Apenas saia - O alvo sibilou de olhos fechados.

O silêncio tomou conta do cômodo enquanto eles ouviam apenas o barulho do pequeno forno assando a torta.

- O que são essas cicatrizes em seu rosto?

- Consequência do meu trabalho duro como simples camponês.

- Tenho certeza que não deve ser tão difícil - Tsunade declarou com aparente ímpeto.

- Veremos, amanhã você poderia me ajudar com a horta para testar a sorte.

- Vou estar aqui amanhã?

- Por que não estaria ?

- Bem.. Essa torta de maçã..

- É para nós, não se preocupe, não faria a maldade de comê - la na sua frente - Ele jogou os braços para o ar

- É a minha sobremesa favorita

- Eu sei.

A enviada | JiraTsunaOnde histórias criam vida. Descubra agora