Capítulo 08

337 18 1
                                    

Você jogou o meu coração nas chamas...

Aj Mitchell

Acordei aquela manhã com algum idiota apertando a campainhia sem parar. Saí da cama sentindo cada membro do meu corpo clamar por socorro. Tudo estáva doendo. Também sentia um frio insuportável, e se não fosse pela pessoa que ainda insistia em tocar a maldita campainha, eu poderia continuar de baixo das cobertas.

― Nossa! Você está péssima... ― Bruno apontou dois segundos depois de eu ter aberto a porta.

― O que está fazendo aqui? ― Perguntei sem me preocupar em soar gentil. Se arrependimento matasse, eu estaria morta por ter levantado da cama.

― Combinamos que eu te daria uma carona, lembra?

Não.

― Sinto em informar que deu viajem perdida, Bruno. ― eu não sentia nada.

Sem esperar por uma resposta do moreno, caminhei de volta até a sala e me joguei sobre o sofá incapaz de sustentar o meu próprio corpo por mais um segundo que fosse.

― Vamos lá, Babi. É somente uma carona, não um pedido de casamento... ― a voz do rapaz soou curiosamente próxima. E só então, percebi que ele havia me seguido até aqui.

― Por mais irreal que isso pareça, o problema não é esse. ― um sorriso pequeno surgiu em meus lábios, contudo, não demorou mais de meio segundo para desaparecer. ― Acordei me sentindo mal, acho que foi a chuva de ontem.

― Essa foi a desculpa mais original que me deram até hoje.

― Não enche, capitão. Você mesmo concordou que estou um caco... ― murmurei cansada. ― Pode pegar a aspirina no armário da cozinha, por favor? ― Voltei a falar, sentindo como se minha cabeça estivesse a ponto de explodir.

― Claro.

Bruno, sendo muito gentil, caminhou até o corredor onde daria até a cozinha. Me perguntei como ele sabia, exatamente, para que lado ir... talvez, ele tenha feito um tour na casa enquanto eu estáva no banho no outro dia.

A dor na minha cabeça aumentava de intensidade a cada segundo que se passava, e Bruno não aparecia com o remédio. Alguns minutos depois, a sua estatura esguia se fez presente no começo do corredor.

― Demorei pra achar a aspirina e levei mais algum tempo para achar onde ficavam os copos. ― O moreno me estirou o comprimido e um copo com água.

Engoli o comprimido com ajuda da água e Goes encostou o dorço da mão em minha testa. Franzi o cenho para o ato.

― O que está fazendo? ― afastei sua mão da minha testa com uma certa rispidez.

― Você está com febre. ― Falou sem se importar com o meu gesto. ― Precisa de alguns minutos em baixo d'água para que a sua temperatura baixe.

― O que diabos está fazendo, Bruno? ― Insisti na pergunta com a voz um pouco mais elevada. Me levantei do sofá rapidamente e o encarei confusa.

― O que parece que estou fazendo, Bárbara Passos? ― Rebateu. Foi a primeira vez que o vi tão sério.

― Não preciso que sintam pena de mim.

― Esta ficando louca? Não sinto pena de você. ― elevou o tom de voz deixando transparecer sua indignação.

E franzi ainda mais o cenho. Não estava acostumada com as pessoas se importando comigo.

― Estou disposto a perder aula para ficar com você, e tudo o que recebo em troca é isso?

Sempre é você |Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora