𝟎𝟎𝟐| 𝑻𝑾𝑶

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*[Nome] point of view*

Sozinha.

Me sentia sozinha as vezes.

A casa era grande e não tinha ninguém além dos empregados que eram profissionais o suficiente ao ponto de serem formais, respeitosos e não terem amizades com os superiores. Isso era tão chato!...

Ah...— suspirei irritada.

Não alcançava o livro que tanto almejava ler na prateleira da biblioteca de casa, na ponta dos pés o livro estava muito lá em cima que apenas conseguiria ser pego com uma escada, por qualquer pessoa, independente do tamanho dela.

Por que prateleiras tão altas se só eu leio aqui?— mostrei indignação em minha voz.

Livros.

Eles não me deixam sozinha.

Eles me acompanham em uma aventura entre mundos diferentes, eles me fazem ter escolhas que nunca imaginei ter.

Eles me fazem voar como um pássaro livre...

— Novamente aqui, senhorita?— Mary apareceu com uma carta em mãos.

— Sim...— sussurrei distraída com um livro que acabei de pegar.

Livros.

Eles sempre parecem tão atrativos pra mim, a forma como o personagem se envolvia, aquele cenários aleatórios e inesperados. Era como fundar-se em um caminho que até o momento você não tem noção do que pode acontecer.

Imprevisíveis.

— Me desculpa senhorita, mas você ouviu o que eu disse, certo?— Mary questionou calma.

— Ah... sinto muito.— fechei o livro com cuidado e a olhei.

Ela suspirou e riu fraco.

Mary, ela sempre fui como uma mãe pra mim.

— Megumi-San mandou uma carta pra você.— ela avisou, de forma calma e simples.

Peguei a carta e logo Mary se retirou da biblioteca.

Mordi o lábio curiosa.

"Querida irmã, estou te mandando esta carta para avisar que ficarei em uma missão com o meu time, agora completo, por um tempo e não sei se vai ter internet lá ou se meu celular estará carregado, então seco essa carta já antecipado. Eu quero dizer que já soube que conheceu o idiota do Yuji, ele não sabe manter a boca fechada. Como vou estar sem o celular, provavelmente, quero que se acontecer qualquer coisa que te coloque em perigo, mande mensagem com URGÊNCIA para Satoru sensei... ou... para o idiota do Yuji"

Terminei de ler e sorri com sua raiva pelo garoto.

— Você realmente não gosta dele.— sussurrei.— O que diria se eu te falasse que achei ele bonito?

Pensei alto e ri ao imaginar a cena.

Deixei a carta de lado e abri meu livro, mergulhei an história de [gênero que gosta] e comecei a me aconchegar na cadeira, encostando minhas costas no encosto de almofada da cadeira macia e aproveitando a leitura.

𝐌𝐄𝐔 𝐃𝐎𝐂𝐄 𝐋𝐀𝐑 - 𝗬𝘂𝗷𝗶 𝗜𝘁𝗮𝗱𝗼𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora