Meu Ex é o Dono do Morro

Capítulo Cinco

Matheus Monteiro:

_ Você está muito estressado meu caro amigo. - Falei apertando os ombros de Guilherme e fazendo com que ele revirasse os olhos, parece que ele ainda estava irritado por eu ter o ignorado e ir brincar com a novinha, mas, ela era muito mais interessante do que ouvir o que ele tinha para me dizer. _ Não me diga que você ainda está irritado por eu não ter lhe dado ouvidos.

_ Quando a bomba explodir nas suas mãos, não fale que eu não lhe avisei. - Rosnou ele fazendo com que eu rolasse os meus olhos, realmente parecia que ele estava rogando uma praga para que algo acontecesse. _ Pois, eu tentei lhe contar e você não me deu ouvidos.

_ O que diabos você tinha de tão importante pra me falar que está enchendo o meu saco agora quando tem tantas novinhas querendo me dar? - Perguntei sentando no meu trono e deixando com que Karina sentasse no meu colo. _ Parece que você não quer que ninguém se divirta mano.

Eu apenas deu de ombro e saiu fazendo com que eu apertasse a coxa de Karina, ela estava usando uma saia que dava um palmo e eu tinha certeza que aquela safada nem ao menos estavam usando calcinha o que deixava o meu trabalho mais fácil se eu resolvesse lhe comer naquela noite, mas, eu ainda estava pensando naquilo, já que tinha muitas querendo me dar naquela noite e eu poderia escolher qualquer uma. Dei um tapa na coxa dela para que ela se levantasse, eu precisava dar uma olhada em como estavam as coisas, para ter certeza que não iria ter problemas no meu baile, pelo menos não naquela noite.

Coloquei as minhas mãos no parapeito e sorri ao ver que todos estavam se divertindo, eu gostava de ser a comunidade daquela maneira, depois do meu pequeno acordo com os botas eles tinham parado de encher o saco e os moradores estavam se sentindo muito confortáveis em saírem mais, se divertirem. Fechei as minhas mãos em punhos quando vi que alguém que não deveria estar ali estava diante dos meus olhos.

Rosnei quando vi ela sair praticamente correndo, não, aquilo só podia ser um pesadelo, um horrível pesadelo, ela nunca iria colocar aqueles pezinhos em uma favela, aquilo não fazia nem um pouco o estilo de Heloísa. Mas, aqueles cabelos ruivos e olhos verdes eram inconfundíveis, eu poderia estar no inferno que eu conseguiria reconhecer aquela mulher.

_ Me traga aquela mulher. - Mandei encarando um dos vapores. _ Eu quero ela na minha frente em cinco segundos ou você irá perder a sua cabeça e mande com que Einstein venha para cá agora.

Bati com força contra o parapeito e mandei com que todos saíssem do mezanino, eu não queria ninguém ali para ouvir aquela conversa, principalmente quando ela envolvia o meu passado, um passado que não deveria voltar nesse momento, não quando ela poderia estar tendo uma vida de princesa bem longe dali, Heloísa não tinha o direito de aparecer na minha vida e bagunçar tudo que eu tinha construído.

_ O que você ainda quer comigo? - Perguntou Guilherme me encarando e arqueando uma sobrancelha quando viu que o camarote estava vazio. _ O que está acontecendo aqui? Está de mal humor e resolveu mandar todos embora?

_ Heloísa. - Falei fazendo me encarar com os braços cruzados como se estivesse apenas tirando uma com a minha cara e ele sabia que isso apenas iria me deixar ainda mais irritado. _ Você sabia que ela estava no morro. Por isso que você estava tão nervoso querendo falar comigo de qualquer maneira.

_ Eu tentei avisar para você, mas, preferiu foder com a novinha ao escutar o que eu tinha para falar. - Disse ele me encarando e eu me joguei no troco passando as mãos pelos meus cabelos irritado, aquilo só poderia ser um pesadelo, o meu pior pesadelo. _ E isso não é tudo.

_ Tem mais? - Perguntei o encarando irritado. _ Mais que inferno, esse dia deveria ser para se divertir e não para me trazer problemas. Desembuche de uma vez, pois, isso está apenas me deixando ainda mais irritado.