Capítulo Dezesseis

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                                       Karina Espindola:

          Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto daquelas fofoqueiras de plantão, Menor não iria fazer aquilo comigo, ele não poderia fazer aquilo comigo, principalmente depois de anos que eu tinha mostrado a minha lealdade com ele, ele não tinha o direito de colocar outra no meu lugar.

_ O que você vai fazer? - Perguntou minha mãe me encarando ironicamente. _ Parece que você não serve nem pra dar uma chave de coxa no chefão para que ele lhe bancasse, ele colocou uma magrela sem graça no seu lugar sem nem ao menos pensar duas vezes nisso.

_ Cale a boca. - Mandei a encarando e fechando as minhas mãos em punhos. _ Pode ter certeza que isso não vai ficar assim, eu irei pessoalmente me apresentar para a tal fiel e eu quero ver ela ter coragem de falar isso na minha frente, se ele acha que eu irei deixar com que ele assuma outra, Menor está muito enganado eu irei fazer da vida deles um inferno.

_ Você é realmente muito burra, apenas uma marmita qualquer como eles falam. - Ironizou aquela mulher demoníaca fazendo com que eu tivesse vontade de arrancar os seus cabelos. _ Vá, vá tentar proteger o seu ganha pão, afinal, você não sabe fazer mais nada além de abrir as pernas para esses malditos, irá acabar se dando mal no final e eu irei rir disso, lembre-se que eu não irei visitar ninguém na cadeia filhinha, isso é deplorável demais, até mesmo para você.

             Eu saí batendo a porta com força, não iria desperdiçar o meu tempo com aquela mulherzinha sem futuro, isso estava apenas atrasando o meu dia e os problemas que eu tinha que resolver com aquela água de salsicha que achava que eu poderia entrar no meu território e tomar o que era meu por direito.

            Aquela vadia tinha feito algum feitiço ou macumba para que Menor a assumisse de um dia para o outro, afinal, eu estava tentando com que ele fizesse isso a anos e ele sempre ria e falava que era bicho solto que nunca iria assumir nenhuma mulher e de um dia para o outro ele não tinha apenas colocado aquela mulherzinha dentro da sua casa, como estava a protegendo para que ninguém pudesse chegar perto dela, como se ela fosse a rainha da cocada preta, mas, isso não iria ficar assim.

_ Quem é você para estar na casa do meu homem? - Perguntei vendo-a me encarar com uma sobrancelha arqueada e sorrindo ironicamente. _ Quem você pensa que é?

_ Eu? - Perguntou ela debochadamente cruzando e sorrindo eu iria quebrar todos os seus malditos dentes, assim ela nunca mais iria me encarar naquela maneira, ela piranha desgraçada. _ Eu sou Heloísa, Heloísa Bittencourt Monteiro, a esposa do Menor.

           Eu iria matar aquela vadia, iria torcer o pescoço dela e depois o quebrar como se fazia como uma galinha, assim ela iria aprender a nunca abrir a sua maldita boca para falar que era a esposa do meu homem. Gargalhei fazendo com que ela me encarasse e revirasse os seus olhos.

_ Levem esse lixo para baixo. - Mandou ela encarando os dois vapores. _ Estou sem paciência para discutir com alguém desse gênero e se qualquer outra aparecer, podem dar o mesmo tratamento que deram para esse ser sem cérebro. Céus, ser interrogada por uma vadia que esquenta a cama do meu marido, a que ponto eu cheguei.

_ Sua vadia desgraçada. - Rosnei agarrando os seus cabelos e fazendo com que ela gritasse. _ Eu irei matar você por estar fazendo macumba para que ele esteja ao seu lado. 

            Ela agarrou os meus cabelos fazendo com que eu gritasse e nós duas rolamos pelo chão nos engalfinhando, aquela desgraçada era mais forte do que eu poderia estar imaginando e tinha a mão pesada e deixou o meu lindo rostinho todo marcado e ainda arrancou um pedaço do meu mega, eu iria cobrar aquilo em dobro daquela maldita vadia.

_ Mas o que diabos está acontecendo aqui? - Perguntou Menor fazendo com que eu abaixasse a minha cabeça e choramingasse o agarrando e fazendo com que ele me empurrasse para longe como se estivesse com nojo do meu toque e isso apenas me deixou ainda mais irritada. _ Vão todos fazer greve de silencio, eu posso cortar a língua de todos para que nunca mais falem na maldita vida de vocês.

_ Essa maluca que me bateu. - Choraminguei me agarrando novamente ao seu braço. _ Eu vim para você ver e ela agarrou os meus cabelos e me tratou como uma qualquer amor, ela é completamente lunática, ela até arrancou o meu mega, se não fossem pelos vapores ela com certeza teria me matado.

_ Céus, meus ouvidos doem ao ouvir um drama tão mal interpretado. - Falou ela gargalhando. _ Avise para as suas cadelas que elas podem esquentar a sua cama, mas, quem dá as ordens nessa merda agora sou eu, hoje eu só arranquei o mega da próxima vez eu irei passar a cara dessa aí ou de qualquer outra que vier me encher o saco no asfalto quente até que ela esteja deformada, pois, eu não tenho paciência para esse tipo de gente. E suma com ela da minha frente ou eu irei arrancar o resto desse mega hair barato que ela usa.

            Ela deu as costas e entrou em casa rebolando aquela bunda magrela e fazendo com que eu quisesse arrancar aquele cabelo falsificado que ela usava, aquela tinta desbotada, eu nunca iria perder para uma vadiazinha como aquela, eu sempre iria ser muito melhor do que aquela mulherzinha. Agarrei com mais força o braço de Menor fazendo com que ele me empurrasse com força e eu caísse de bunda no chão fazendo com que eu o encarasse com os meus olhos arregalados, ele nunca tinha feito aquilo antes.

_ Você perder completamente a sua cabeça? - Perguntou ele se aproximando de mim e fazendo com que eu arregalasse os meus olhos e tremesse de medo quando ele se aproximou ainda mais de mim. _ Vim fazer barraco na frente da minha casa. Você perdeu completamente a noção do perigo?

_ Amorzinho! - Exclamei sentindo ele agarrar os meus cabelos e eu gritei quando ele me puxou para cima. _ Eu não fiz nada, foi essa louca que começou, você pode perguntar para todos, eu vim apenas para ver você, estava com saudades.

_ Fique longe de Heloísa ou eu irei deixar com que ela arraste o seu rostinho apresentável no asfalto e irei assistir de camarote. - Rosnei ele aproximando a sua boca da minha orelha. _ Não volte a incomodar a minha mulher ou coisas muito ruins podem acontecer com você novinha, agora vaza ou eu irei fazer muito pior do que a minha esposa fez.

            Ele me empurrou com força fazendo com que eu caísse no chão e acabasse me machucando ainda mais e fechei as minhas mãos em punhos quando ele entrou batendo a porta com força e um dos vapores veio me ajudar a levantar.

_ Não encoste em mim. - Rosnei levantando-se e limpando a minha roupa apertando as minhas mãos com mais força. _ Essas mãos imundas, avise para a sua patroa que isso não vai ficar assim, não será sempre que ela terá Menor para a defender, pois, logo ele estará comendo na minha mão novamente.

             Olhei novamente para aquela casa, aquela maldita casa que deveria ser minha e sorri, eu ainda iria ser a dona daquele lugar e não me importava por cima de quem eu iria ter que passar, eu precisava apenas de um plano, um bom plano para fazer com que Menor volte a comer na minha mão ou eu não me chamava Karina Espindola.





Meu Ex é o Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora