Capítulo Quinze

7.2K 302 11
                                    

                                       Heloísa Bittencourt:

             Suspirei e acariciei o rosto do meu filho delicadamente, acho que eu não conseguiria dormir aquela noite, passaria a noite toda apenas zelando pelo seu sono, ele estava tão sereno que eu sentia o meu coração se aquecer dentro do peito, eu sabia que Matheus estava fazendo aquilo apenas para manter o seu controle sobre mim, mas, ter o meu garotinho ali pertinho de mim, me dava mais forças para aguentar todas as maluquices que aquele bastardo poderia enfrentar.

_ Mamãe irá cuidar bem de você meu amorzinho. - Sussurrei beijando o seu rosto carinhosamente e afagando os seus cabelos. _ Não se preocupe que eu não irei deixar com que nada ou ninguém faça mal a você.

            Coloquei a coberta sobre o seu corpo quando ele se descobriu e beijei a sua testa carinhosamente e continuei a zelar pelo seu sono. Devo ter adormecido, já que quando eu acordei os raios de sol estavam batendo no meu rosto. Sorri ao perceber que aquilo não tinha sido um sonho e que o meu bichinho estava aconchegado a mim, beijei o seu rosto carinhosamente e ouvi ele resmungar e abrir os seus olhinhos.

_ MAMÃE. - Gritou ele fazendo com que eu sorrisse quando ele agarrou o meu pescoço. _ Eu estava com saudades, muitas saudades.

_ Eu também estava com saudades de você meu bebê. - Sussurrei o abraçando e enchendo o seu rosto de beijos fazendo com que ele gargalhasse. _ Muita, muita, muitas saudades do meu bebê.

            Ele riu e fez o mesmo no meu rosto e eu fiquei apenas curtindo aquele momento antes de sair da cama, afinal, ele tinha que ir para a creche e eu não iria deixar com que Matheus continuasse a me fazer prisioneira no meu quarto. Pedro me encheu de perguntas sobre o porque nós tínhamos mudado de casa e eu tive que explicar o que estava acontecendo de uma maneira que ele entendesse.

_ Então essa é a casa do meu papai? - Perguntou ele e eu concordei e ele suspirou fazendo com que eu acariciasse os seus cabelos delicadamente. _ Então você e o papai são namorados?

_ Não, eu e o papai somos apenas amigos. - Menti me abaixando para ficar na sua altura e colocou a sua mãozinha sobre o queixo. _ Por isso agora nós iremos morar com ele e não com a dinda, pelo menos até a mamãe conseguir um emprego estável e nós voltarmos para a nossa casinha.

_ Estou com fome mamãe. - Falou ele fazendo com que eu gargalhasse e beijasse a sua testa carinhosamente. _ Será que na casa do papai tem algo para comer?

_ Claro que sim querido. - Respondi sorrindo e segurando a sua mão delicadamente. _ Vamos, vamos ver o que tem para tomar café e depois a mamãe irá levar você para a creche.

_ Eba. - Comemorou ele sorrindo e saltitando ao meu lado, dei graças a deus pela porta estar aberta e desci as escadas com um Pedro tagarelante ao meu lado.

            Encontrei Lucia na cozinha, ela estava terminando de fazer o café e me encarou com os olhos arregalados quando eu a ajudei a terminar de colocar a mesa.

_ O senhor ainda não chegou. - Avisou ela quando eu cortei um pedaço de bolo e coloquei sobre o prato de Pedro. _ A senhora Marta está dormindo assim como a assessora dela, deveria dormir mais um pouco senhora, você e a criança.

_ Pedro precisa ir a creche e eu tenho que pegar as minhas coisas na casa de Mariana. - Avisei vendo-a arregalar os seus olhos. _ Não se preocupe, eu não tenho a intenção de fugir, principalmente se isso for fazer com que aquele ser tenha pose sobre o meu filho, mas, eu não posso mais ficar nessa casa sem uma única muda de roupa.

_ O patrão não vai gostar nem um pouco disso. - Disse ela fazendo com que eu rolasse os meus olhos e sentasse ao lado do meu filho colocando café na xicara na minha frente. _ Irei avisar a um dos vapores para que ele passe um rádio para o patrão, a senhorita só vai poder sair se ele autorizar.

Meu Ex é o Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora