Acima de tudo está o amor verdadeiro. Este que vai além da razão e do senso. O que lhe faz agir muito antes de pensar e faz com que você se sinta vivo, para variar.
Eles não esperavam encontrar o amor, tampouco esperavam senti-lo dessa forma. Ele...
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Quando Beatrice volta para casa, de carona com Jasper, ela e Bella recebem uma ligação, as duas estavam na cozinha, atoa, prontas para preparar alguma porcaria para comer.
Beatrice é quem atende.
— Residência dos Swan, quem fala?— ela fala.
— Sou eu, querida— Charlie fala, a voz um pouco rouca deixa Beatrice cautelosa.
— Pai, o que há?— ele não é de ligar para casa. Ela e Bella trocam olhares, curiosas.
— Eu só quero avisar que vou chegar tarde hoje— ele bufa— Willy está morto, Bea.
Há uma pausa incômoda na ligação. Beatrice se lembra do homem, o senhor simpático que hora ou outra os visitava para as típicas tardes mais frias onde seu pai reunia os amigos mais velhos para assistirem algum jogo. Rindo alto e comendo pipoca a beça, entupiam Beatrice de salgadinho e refrigerante para que ela não os incomodasse e vez ou outra a garota o fazia apenas para ganhar mais comida.
— Magra de ruim!— O senhor Willy a disse uma vez, ela sorriu, nessa época era uma muleca de catorze anos— Não conte para seu pai, está bem?
Nesse momento, a voz dele é distante e seu rosto é embaçado. Fazia um ano quase que ela não o via.
— Ah, pai, eu sinto muito— ela lamenta— Do que foi?
— Eu também, querida, eu também— Charlie diz, ela sabe que ele está balançando a cabeça nesse momento.
A voz rouca é explicada. Ele chorou.
— Foi ataque de animal— ele responde, limpando a garganta.
— Aqui perto de casa?— Beatrice franze a testa.
Bella cruza os braços na frente da irmã, levantando as sobrancelhas, exigindo alguma resposta, Beatrice ergue a mão pedindo para que Bella esperasse.
— Isso têm acontecido... há uns dias. Ataques selvagens e sem explicação. Agora já ativei a guarda florestal, começaremos a caçar amanhã, preciso que você e Bella fiquem longe da floresta.
— Ah, sim, isso não será um problema, pai, não se preocupe— Beatrice garante balançando a cabeça— Eu sinto muito mesmo.
— Avise Bella que eu vou chegar tarde, está bem? Vou visitar a família dele, não me esperem para o jantar.
— Está bem, mande meus pêsames para eles.
— Claro, tchau, Bea— Charlie parece com pressa, de repente.
— Tchau, pai— eles desligam.
— E então?— Bella pergunta.
— Um velho amigo do papai morreu— Beatrice suspira— Ataque de animal. Ele disse que vai passar na casa da família de Willy e que não devemos esperá-lo para jantar.
