꧁ Me beija ꧂
Jasper chega cantando pneu, desce do carro preto com janelas escuras para abrir a porta do passageiro para Beatrice. A garota sorri e corre para o banco do motorista. Jasper bate no teto do carro.
— Ladra!— ele reclama sentando no banco do passageiro. Se segura para não revirar os olhos quando ouve Embry se enfiando no banco de trás, bufa e joga um pacote com donuts na direção do moreno.
— Você... comprou isso?— Embry pergunta, surpreso.
— Roubei com o carro— Jasper o olha por cima do ombro— Acha mesmo que eu ia tirar um tempo para fazer umas comprinhas pra você?
— Obrigado mesmo assim— Embry dá de ombros começando a comer. Jasper franze a testa e olha para Beatrice.
— Você castrou ele?— pergunta. Beatrice segura o sorriso.
— Só ameacei de morte— ela responde e, agindo por memória motora, ela coloca o cinto de segurança— O básico.
— É meu amor mesmo— Jasper se inclina para dar um beijo na bochecha dela— sabe até treinar os cachorros.
— É difícil ser educado com você, cara— Embry reclama de boca cheia e revirando os olhos.
— Eu ainda não te expulsei do carro quebrando sua coluna vertebral, o mínimo que você tem que fazer é ser educado comigo— o loiro rebate sem o olhar.
— Tá, chega, depois vocês se pegam, agora, para onde vamos, Jazz?— Beatrice corta a briguinha, sua paciência é curta. Os rapazes estremecem de puro desgosto.
— Seguimos sempre para o norte-— Jasper responde abrindo a sua janela para entrar um pouco de ar puro— Hoje a noite voltamos a correr deixando o carro na rodovia com o corpo desse aí.
— Ou!— Embry reclama. Os cinco donuts acabam numa rapidez impressionante. Ele lambe os dedos para experimentar mais um pouco do açúcar.
— Podemos ir mais pela água de agora em diante, não acho que ele aguente ficar muito tempo sem respirar— Jasper continua, ignorando o moreno— É uma vantagem.
— Tudo bem por mim— Beatrice concorda meio nervosa. Talvez assim Alice poderia os ver de novo, e assim teria mais uma coisa a impedindo. O pedido de Rosalie rondava seus pensamentos.
— Bea, qual é...— Embry começa a reclamar. Um sinal vermelho no trânsito e Beatrice pisa no freio bruscamente.
— Não!— ela se exalta de repente— Não me chame assim, só meu pai me chama assim!— ela fuzila Embry com o olhar por cima do ombro. O céu se escurece mais. Ela tenta manter a calma e se volta para a frente voltando a andar com o carro— A próxima vez que eu parar esse carro, você vai fazer caminho para sua casa, Embry! Agora cala a boca e dorme, temos um longo dia pela frente!
Os rapazes ficam em silêncio, sem resistir, Embry acata com a ordem da vampira e se espreme no banco de trás, ele é muito grande, mas não reclama, estava mesmo precisando descansar o olhar. Jasper encara Beatrice até ter certeza que o outro está adormecido, quando os roncos dele preenchem o ar.
— O que está pensando?— Jasper quer saber, a morena estremece no volante, queria parar um momento e apenas ficar abraçada com ele.
— Em muitas coisas ruins, pode me distrair?— ela pede, o olha de lado e Jasper assente.
— Sempre— ele coloca a mão na coxa dela e a aperta, Beatrice sorri.
— De outro jeito, Jasper— ela fala.
— Eu não estou tentando de jeito nenhum, apenas pensando— ele sorri malicioso— O que foi? Você não resiste ao meu toque?— provoca.
— É bem tentador, mas ainda tem uma criança no carro— ela ri quando Jasper geme frustrado.
— Ele não vai ficar com a gente para sempre— argumenta— Quando ficarmos a sós talvez...
— Quando ficarmos a sós, você vai me treinar— ela o lembra, levantando a sobrancelha.
— Ah, sem tempo livre?— ele faz bico, manhoso.
— Por agora não, o que vai te dar mais um motivo para se empenhar no que estamos fazendo.
— Esse é o meu foco principal, querida— ele se estica para a roubar um selinho bem rápido, Beatrice respira fundo, ele a traz a calma que ela precisa sem nem precisar usar dos seus dons para isso— Eu também te amo.
— Está lendo meus pensamentos?— pergunta com um sorriso bobo.
— E seus sentimentos— ele fica a observando dirigir— É tipo um amor platônico, sabe? Super forte e intenso, sem querer me gabar, dirigido á mim— ele põe a mão no peito, irônico.
— Eu sou fodidamente apaixonada por você, Jasper— ela fala balançando a cabeça— Você bem que poderia parar de ser tão perfeito, não acha?— ironiza.
— Está pedindo demais— ele ri— É um talento natural meu...
— Pode me beijar mais uma vez?— ela pergunta, não precisa encarar a rua, o mundo é lento demais para eles. Jasper nem hesita em satisfazê-la.
— Quantas vezes você quiser— sussurra a provocando. Beatrice beija o pescoço dele e o afasta para poder continuar dirigindo.
— Você ainda vai me deixar louca— resmunga, fazendo-se de mal humorada.
— Se você não for parar esse carro agora, peço encarecidamente para que não dificulte a minha vida— ele sorri, as palavras são para brincar apenas porque ele não precisa estar transando com ela para amá-la. Não que transar não fosse um ótimo jeito de demonstrar seu carinho. Jasper sorri mais com seus pensamentos, seus olhos descem pelo corpo de Beatrice.
— Jazz— ela sorri se voltando para ele com um olhar de censura, sabia bem como estava a cabeça do loiro— A criança.— Ele se ajeita no banco com um sorriso malicioso e tenta manter os olhos na estrada falhando miseravelmente.
— Eu não falei nada— defende-se.
— Nem precisou, meu amor— ela o olha de cima a baixo com a mesma malícia por vingança. Os sentimentos se acumulavam e apesar do clima que Beatrice sentia dentro de si e no entorno, via Jasper do seu lado e ele a mantinha sã. Ela não quer perder isso. O casal dá as mãos, o toque não oferece calor, mas ainda é como se os queimasse de dentro pra fora. Beatrice pisa no acelerador, não que vá fazer diferença, mas ela quer que tudo acabe de uma vez para ela poder se permitir ser feliz com Jasper.
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BEA, Jasper Hale
FanfictionAcima de tudo está o amor verdadeiro. Este que vai além da razão e do senso. O que lhe faz agir muito antes de pensar e faz com que você se sinta vivo, para variar. Eles não esperavam encontrar o amor, tampouco esperavam senti-lo dessa forma. Ele...