‣ Do not touch me

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Não toca em mim

꧁ Não toca em mim ꧂

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NARRADORA

A madrugada chega, e com ela, os bocejos entediados dos lobos. Jacob e Embry dormiram ombro a ombro quando tiveram vontade na metade do treino dos incansáveis frios, ainda em sua forma de lobo para que, mesmo dormindo, eles pudessem observar a luta em seus sonhos, mas os outros estão cansados e sem se dar ao trabalho de acordarem os mais novos, bateram retirada. Os vampiros de olhos dourados estavam prestes a receberem novos amigos. Sam sabia que ele e sua matilha não seriam o comitê ideal de boas vindas para os desavisados então juntou o útil ao agradável falando para Carlisle mandar notícias, subiu nas costas de Paul e se permitiu ser levado preguiçosamente de volta para seu lar. Foi a primeira vez em horas que Alice conseguiu derrubar Beatrice ao pegá-la distraída admirando Jasper quando os primeiros raios de sol invadiram a clareira.

Sem nem pensar, ela partiu para cima de Jasper, nunca desatento, para se emaranhar ao loiro em uma luta "surpresa".

O loiro sorri divertido quando a joga de lado e a garota desliza na terra em uma postura de vingadora. Ele se volta completamente para ela e levanta as sobrancelhas a chamando para a briga. Ela sorri de ladino e aceita o desafio mais uma vez, claro, ela nunca deixaria isso passar. Os dois viram o exemplo para os outros. Olhem, é assim que se faz, Beatrice com certeza é a lutadora mais empenhada dali.

Mais vampiros se aproximam em alta velocidade, de dois pontos diferentes. Os instintos sobrenaturais acordam Embry e Jacob, uma urgência de autodefesa, eles cambaleiam como se tivessem levado um choque e rosnam olhando para os lados. Jasper e Beatrice param de lutar, ele, por cima, como sempre, ela revira os olhos e o empurra para o lado pela cabeça. Aproximam-se de diferente lados, duas mulheres de aparência exótica, longos cabelos pretos, poucas vestes, olhos vermelhos e selvagens, do outro, dois homens com sorrisos arrogantes, uma pele leitosa e olhar caído como se tivessem fumado, um mais pálido que outro, roupas formais, ternos. Beatrice encara o chão sentada, Jasper coloca o ombro na sua frente, a escondendo.

— Zafrina, Senna— Carlisle cumprimenta as mulheres a distância, elas apenas assentem— Stefan, Vladimir— faz o mesmo com os homens— Que surpresa.

— Ficamos sabendo que compraram briga com os Volturi por conta de uma recém criada— diz o homem loiro, um sotaque pesado, italiano, rude— Notícias assim se espalham rapidamente, meu querido amigo, desculpe por vir sem avisar, a ansiedade foi grande.

— Devo avisar que são falsas, minha intenção jamais foi ou será de lutar com os Volturi— Carlisle diz calmamente.

— Então do que se trata esse motim?— o moreno sorri com deboche.

— Não se trata de motim, Stefan. São testemunhas— Esme fala com paciência admirável.

— Testemunhando o que?— pergunta Vladmir, levantando uma sobrancelha— Companhia curiosa, essa de vocês— refere-se aos lobos que se agitam, raivosos de saberem porque os olhos dos visitantes eram tão vermelhos e vibrantes. Jasper e Beatrice se levantam do chão de mãos dadas e se aproximam dos visitantes, mas só a alguns passos de distância, Beatrice ergueu os olhos. O quarteto de olhos recém chegado se fixa nela com a mesma surpresa que os outros tiveram, horas antes— Então essa é a recém criada? Por que os olhos dela são assim?

— Não me toca— Beatrice avisa quando o moreno ergue a mão na sua direção. Stefan obedece, se moveu principalmente pela surpresa. Mania irritante, Beatrice se irrita.

— Beatrice é diferente de nós em muitos aspectos, se evolui com muita mais facilidade, tem mais de um dom... imaginamos que seja por isso que seus olhos sejam assim, uma indicação do seu poder— Carlisle gesticula, os olhos dos homens crescem e eles se entre olham.

— Seus poderes, você diz— Vladimir corrige— Uma recém criada com mais de um poder— ele sorri de maneira psicótica— Como Aro ficou sabendo? Não é atoa que ele queira roubar uma coisa assim.

Beatrice revira os olhos e bufa soltando-se de Jasper para ir se sentar atrás dos lobos, cruzando os braços como uma criança emburrada, na sua mente resmungava: coisa, eu não sou uma coisa, vai se foder, caralho.

Mais uma vez assiste a conversa, aquela longa explicação que pareceu levar horas, pra passar o tempo, Beatrice modifica boa parte do que Carlisle fala; as irmãs Swan humanas se esbarram com vampiros, os casais rapidamente se unem, adolescentes apaixonados, há um conflito, outros vampiros ferem as humanas, uma delas morre, a outra é essa criança birrenta que vocês podem ver, meu filho, o cuzão que matou a mais nova, fugiu para as garras dos Volturi tomando mais ainda no cu -como ele merece. Tem uma piranha nova lá, uma tal de April, ela tem um dom perigoso, está mexendo com a cabeça de bosta do Edward. Aro em algum momento teve a ideia brilhante de se desculpar por ter levado Edward como um prêmio e quis presentear também a nova Cullen, mandou os cornos dos gêmeos para se deliciarem com o nosso incômodo da perda de um filho tão vital e acabaram se deparando com uma imagem que eu fui burro de guardar, uma em que mostrava os olhos diferentes da Swan bem como o que seu dom causava nos outros. Mantive-me o máximo de bico fechado, mas eles já tinham o suficiente para contar para o papai. Agora Aro quer vir ver a novata pessoalmente, com a porra de um exército e eu acredito mesmo que isso não vai dar em nada.

Jacob deita-se perto de Beatrice e balança o rabo, ela sente o chicotear nas suas costas, e, sem desviar os olhos de Carlisle e seus visitantes de olhos vermelhos, ela leva a mão a cabeça do lobo de pelagem avermelhada e o afaga, como um bom cachorro. Jacob rosna, mas o carinho estava bom. Embry senta do outro lado de Beatrice, exige o mesmo, encostando o focinho no ombro dela, choramingando de carência. Jasper faz careta quando ela acaricia as costas de Embry, mas deixa isso de lado.

Beatrice está imersa nas suas narrações, analisa a situação uma vez, e mais outra, gosta de ser pragmática as vezes, mais fria e analisar as próprias emoções.

O medo e a raiva ela já compreende, já está se acostumando, está faltando algo? Conflito. Edward chegando. Jasper sorrindo para acalmá-la. Edward com os olhos vermelhos, a cor escarlate cintilando, a cor do sangue, sangue de Bella. Ah, olha a raiva aí de novo! Confusão, ela ama Jasper demais para o magoar assim, por mais que isso a doa. Ela o deu sua palavra, o deu esperança. Sua mente tem dois lados se fuzilando, nomes se repetindo Edwardedwardedward, Jasperjasperjasper. Ela pensa com o humor quebrado como preferia estar num triângulo amoroso. Beatrice suspira e se encosta em Jacob como uma gata preguiçosa, se alonga nas costas quentes do lobo que lhe mostra os dentes e ela sabe que é por seu peso, mas ainda não muda nada. Ela gostaria de poder dizer que está com sono, mas nem isso tem o direito, nada de dormir e descansar a mente. Urgh, ela só quer sumir e levar Jasper para um lugar isolado.

Ela quer paz, é pedir demais?

BEA, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora