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Ideias

As horas se arrastam, Beatrice é acordada quando eles precisam ir se encontrar com os rapazes

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As horas se arrastam, Beatrice é acordada quando eles precisam ir se encontrar com os rapazes. O relógio está correndo para Bella porque ela sabe o que está prestes a perder.

Ou imagina.

Eles estão na recepção, Alice e Emmett estão pagando a conta, as humanas esperam perto da porta de saída, tomando sol e conta das malas. Bella não sabe como se livrar de Beatrice, sua irmã não sai de perto dela, o hotel está movimentado, a fila está grande, tudo parece uma tortura.

Bella pensa rápido, está passando mal e se encosta na parede de vidro, se abraçando.

— O que foi?— Beatrice pergunta, franzindo a testa, preocupada, Bella está mais pálida que o normal.

— Pode me trazer um pouco de água, por favor?— Bella pede, com dificuldade, apenas quer despistar a irmã.

— Claro, fique aqui— Beatrice avançando imediatamente em direção as máquinas de bebidas, elas ficavam do lado do balcão onde Alice e Emmett estão, estranhamente vestidos com roupas fechadas para um clima tão quente.

Mas Beatrice para, de repente, no meio do salão e olha para trás, apenas um pressentimento.

E este estava certo. Bella não estava mais lá. Há muitas pessoas ao seu redor, muitas cabeças entre elas, mas Beatrice encontra a irmã mais nova rapidamente, ela é única ali correndo. A adrenalina sobe pela espinha de Beatrice, ela olha na direção de Alice e de sua irmã, em direções opostas. Suas pernas agiram antes que ela sequer raciocinasse.

Beatrice vai se agitando, não grita nem nada, apenas acelera o passo atrás de Bella sem saber o que ela está fazendo. Logo vai ficando puta, que merda ela pensa que está fazendo?

Ela empurra várias pessoas da sua frente sem nem se importar com as reclamações, tem algo muito mais importante acontecendo, mas Beatrice não alcança Bella a tempo. A mais nova pula no primeiro táxi e a escapa antes que Beatrice possa agarrá-la. A morena olha para trás de si, Alice está tendo uma visão, completamente congelada e segurando um cartão de crédito que a atendente está tentando puxar. Beatrice suspira e assobia para chamar outro táxi.

— Siga aquele táxi, por favor— ela pede assim que entra, apontando para o táxi que Bella estava, tendo gravado pelo menos o final da placa em uns segundos. Se afunda no banco quando Alice e Emmett olham para trás, tem muitas pessoas entre eles. Eles não as avistam, Emmett fica nervoso com a cara de terror de sua irmã.

— Fodeu?— ele pergunta, sabe a resposta. Já imagina como seus irmãos reagiriam. Não tem como eles seguirem as garotas, o sol está torrando. Eles já chamam atenção demais tentando se cobrir para não parecerem tão pálidos em comparação a todos os que os rodeiam.

O motorista de Beatrice obedece, é rápido e ansioso.

— Não estamos fazendo nada ilegal, não é?— pergunta ele. É um rapaz novo, moreno bronzeado, bonito e com uma tatuagem média de dragão no pescoço, parece estar empolgado por receber tal pedido.

— Não, minha irmã entrou ali, só quero ver onde ela vai parar para saber que merda ela está fazendo— Beatrice suspira colocando o cinto de segurança, as mãos dela tremem, o nervosismo é corrosivo.

— Ah, droga, nenhuma luta?— ele pergunta, de brincadeira, querendo descontrair o mal-humor óbvio da garota. Beatrice o olha, está no banco do passageiro, coisa que em outros casos seria incogitável. Ela sorri, mas não consegue mantê-lo.

— Só perseguição. Acho que não o tipo de briga que vale a pena ver, pode acabar mal... aí sim a coisa se tornaria ilegal— ela cerra os olhos, o rapaz sorri percebendo que ela está apenas atuando, fica contente que ela entre fácil na brincadeira. Ela não quer continuar conversando, não sabe para onde Bella está indo e não sabe onde está, tem medo de confundir as placas dos diversos táxis que saem e entram da cobertura daquele hotel então não pisca nem desvia o olhar por muito tempo, mas também não quer que ele se sinta desconfortável, não quer que o rapaz gentil pense que ela acha sua piadinha ridícula, uma coisa que Beatrice odeia é fazer os outros que estão tentando ajudá-la a se calarem, mas seu humor também tem lá seus limites.

Ela queria que Jasper estivesse por perto para acalmá-la.

— Irmã, hein? Mais nova, pelo visto, só assim para aprontar— ele puxa assunto. Reconhece depressa que Beatrice é bonita, quer ouvi-la mesmo que ela nem o encare. Sabe que não há uma diferença de idade grande entre eles, então se sente confortável de analisá-la de canto de olho.

— Sim, certamente— Beatrice fala distraidamente, está esperando apenas um farol vermelho. Seu táxi parando na cola do de Bella, ela desceria e puxaria a irmã para fora do que estava pela janela, a agarrando pelos cabelos.

— Você não é daqui— o motorista observa.

— Branca demais, foi isso que me entregou?— ela pergunta, internamente desejando que ele cale a boca.

— Só um pouco— ele fala, sorrindo.

— Acha que dá tempo de eu correr até ela e a tirar do táxi a força enquanto o sinal está fechado?— ela pergunta, a dúvida é genuína.

— Acho que não, se eu fosse o motorista pisaria fundo no acelerador para fugir de alguém que está tentando puxar meu passageiro— o moreno balança a cabeça— Quer dizer, isso se ela não pagou adiantado.

Mais uma tentativa de fazer a garota rir. Dessa vez consegue. Só um pouco.

— Ela está fugindo para ver o namorado, talvez?— ele sugere depois de mais uns minutos de perseguição, silenciosos.

Beatrice franze a testa, está completamente tensa no banco, como se fosse mesmo pular do carro a qualquer momento.

— Isso que não faz sentido— ela balança a cabeça, está apenas pensado em voz alta— Nós deveríamos encontrá-lo no aeroporto...

— Então um outro namorado?— ele brinca, dessa vez Beatrice nem sorri, ela não consegue entender. Bella estava correndo para a casa da sua mãe? É o único lugar que Beatrice a imaginava indo com tanta pressa...

— Não, Bella não é disso— Beatrice responde ao rapaz.

As peças vão se juntando.

— Puta merda— Beatrice resmunga. Está pensando rápido demais. Ela vai surtar se estiver certa. Ela não quer estar certa.

A teoria diz que Bella está indo para a casa da mãe. Mas por que ela correria? A fala do motorista veio como uma chave destravando uma parte fechada na mente de Beatrice. O outro namorado.

A ligação é sem sentido, uma sinopse rápida. O outro namorado a lembra Jasper, Jasper a lembra loiro e loiro a lembra James. James que escapou dos rapazes. James que está com Victoria, Victoria que tentou pegar seu pai. Eles queriam pegar alguém importante para atrai-las. Ninguém sabe onde James está. Bella pode estar correndo para a casa de sua mãe, e se estiver, é porque James a pegou. Não. Renée não. Ele achou uma fresta. Como? Como pegou Renée? James pode estar em qualquer lugar. Bella pode estar indo para qualquer lugar.

Mas o que mais a faria sair correndo sem olhar para trás como uma fugitiva quando elas deveriam estar indo se encontrar com os rapazes?

— Ei, tudo bem?— o motorista a pergunta, preocupado.

— Não se eu estiver certa...— Beatrice sente seu peito se apertar, ela vai ficando com a respiração dificultada. O moreno abre a janela do passageiro, vendo ela passar mal.

Beatrice parece a ponto de surtar. Mas sua certeza não é como a de Alice e Emmett que precisam ir buscar seus irmãos no aeroporto juntos de Carlisle.

Jasper tenta não se abalar com a ansiedade de Edward o torturando, precisa manter o foco. Tem certeza que estará logo com Beatrice em seus braços e isso o acalma enquanto o piloto anuncia que vão pousar em dez minutos. O único cuidado que procurava manter em mente era de se manter longe da luz do sol.

BEA, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora