‣ Only you, babe

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Só você, amor

꧁ Só você, amor ꧂

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JASPER

Um ano e meio depois

As ondas do mar se quebram e chegam cada vez mais perto dos meus pés, eu apenas ouço e observo. O sol refletindo na água e na minha pele exposta, os pássaros voando lá longe, as minhas mãos afundando na areia macia e quente. Uma ilha isolada e tropical. Estamos em busca de paz e sossêgo. Ouço os passos dela se aproximando com calma. Minha mulher logo toma minha visão periférica, toda minha atenção. Viro meu rosto na sua direção, ela está de biquíni, um fio dental preto que honestamente já me deixa ansioso para tirá-lo. Ela respira fundo, sua pele cintila, ela fecha os olhos e vira o rosto para o céu aproveitando o ar puro. Gosto que ela esteja em paz. Porque se ela estiver, eu também fico.

Estico-me para lhe agarrar pelo tornozelo e a arrasto para perto. Beatrice ri voltando-se rapidamente para mim, cambaleia e se joga no meu colo. Sua risada é gostosa, natural. Ela se senta de lado, eu lhe dou apoio para que ela se encoste no meu braço e ela me encara com o sorriso contido, até bobo. Eu admiro aquele rosto. Eu nunca vou me cansar disso. Beatrice ergue a mão com um pouco de areia e passa a ponta dos dedos na minha bochecha, seus olhos, como prata e ouro, me medem com carinho e cuidado.

— Você é tão lindo— ela sussurra. Sobre todas as músicas que estamos ouvindo da natureza, a enxurrada de informação, a voz dela é a que se sobressai. Beatrice me envolve numa bolha onde os demônios não me assustam tanto. Sorrio, é pouco, mas ainda é um sorriso. Parece que eu perdi um pouco de brilho desde a guerra contra os Volturi. Ela também. Eu sinto falta da minha família, sei que Beatrice também, da sua, mas ela tenta me consolar. Ela se sente culpada por não se sentir mal pela morte de Edward, por mais que nunca tivesse sido sua culpa. Eu só não tive outra escolha a não ser escolhê-la. Edward jamais voltaria a ser quem era antes. Eu me lembro do seu alívio quando o guiei direto para a morte. Ele queria aquilo. Mas.... isso não ajuda em nada. Não quero nem lembrar do quanto eu fiquei louco nos dias que se seguiram. Eu quis morrer, tanto, pra caralho. Nós dois queríamos, mas Tris se afundou na negação profunda, não tenho como tirar ela disso, ela não aceita nem menção ao nome de Jacob.

Beatrice estava comigo, de novo e de novo, cada vez que eu me encolhia porque sentia que o mundo estava desmoronando em mim. Eu gritei e ela gritou comigo, gemi querendo chorar e ela me abraçou como se pudesse me proteger do inferno da dor, cantarolou baixinho enquanto eu queria apenas apagar minha memória. Suas mãos afagando meu cabelo enquanto ela diz que vai sempre estar comigo. Não diz que vai melhorar, ela não acredita nisso, mas ela garante continuamente que não vai me deixar sozinho. Focamos nos meus problemas e ela finge esquecer dos seus.

Isso dói mais do que matar inocentes, claro, porque eu matei alguém que eu amava. Sinto muito, irmão, eu só pensava nisso, o tempo todo. As escolhas que tive que fazer. Eu quis Beatrice acima de todos. Eu colo meus lábios aos seus, é suave, uma provocação porque sei seu próximo movimento quando eu me afastar. Ela agarra minha nuca e me puxa para um beijo mais profundo, mais intenso. Nossos lábios se encaixam, eu seguro o rosto dela e nós tombamos na areia, ela por cima, seu peito colado ao meu. Sorrimos entre beijos, o desejo se sobressai, eu quero você de novo e de novo. Seja minha para sempre, Beatrice Whitlock. Para sempre.

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

BEATRICE

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BEATRICE

Quando estamos juntos assim, é poesia. Do jeito mais clichê e meloso que puder pensar. Eu sou ainda tão apaixonada por ele quanto era no começo, se não ainda mais.

Amo cada pedaço seu, da cabeça aos pés, todinho meu. Amo seus sorrisos calmos, amo ver ele ler ou tocar algum instrumento porque ele quer me incentivar a cantar. Amo que ele marque qualquer lugar que passa, uma pequena escultura, desenhos em minha homenagem para mostrar que estivemos ali. Amo que ele me ame, essa sensação é viciante. Suas mãos deslizam pelo meu corpo, porra, eu amo seu toque.

Nós estamos livres e presos ao passado, eu sei que é uma fase, eu sei que vai passar, sei que estamos tentando. Só acho engraçado que as cicatrizes que mais nos doem não são visíveis aos olhos. Eu beijaria essa cicatriz no coração de Jasper, como tenho certeza que ele beijaria a minha. Quando ele precisa de um momento sozinho, sei no que ele pensa. Sou sua companhia se sinto que ele precisa de mim mais do que o isolamento. Eu entendo. Eu o beijo mais uma vez e tiro sua blusa praiana, azul escura com coqueiros pintados, ele leva as mãos aos meus seios, não estamos com pressa. Temos todo o tempo do mundo.

Eu te amo, queria dizer mais uma vez, como digo todos os dias, como ele diz todos os dias. Como ele me ama e me acha linda. Quero dizer, mas quando ele me beija, os pensamentos perdem o foco e eu entro num transe de desejo, quero senti-lo, quero que ele me sinta.

Se nossos corações batessem, me pergunto se não estariam mais uma vez em sincronia. Eu o amo tanto que isso me deixa doente.

Deixo as emoções tomarem conta, sei como ele gosta de ter noção da intensidade que ele me dá. Nós rolamos na areia, eu dou risada pela sua mania de controle, a água toca nossos pés. Tem muita areia em nós dois. Vamos para a água, eu sussurro o afastando, fazendo-o parar de beijar meu pescoço quando no segundo seguinte, o telefone vibra na mesa de madeira vagabunda a metros de distância. Eu e Jasper nos olhamos, não temos contato frequente com ninguém fora Alice. Só pode ser ela.

Jasper me olha ansioso, ele fica assim quando ela liga, quer saber dos outros, quer perdão mesmo que nada do que aconteceu conosco ou com eles tenha sido sua culpa.

— Pode ser importante— dou um tapinha no seu ombro e ele corre para cima do aparelho sem hesitar mais. Meto a mão nos cabelos e solto um suspiro pelo drama do ato.

— Alice, oi!— ele cumprimenta assim que leva o telefone ao ouvido.

— Jasper, oi— Alice fala de volta, parecendo tão nervosa quanto o irmão. Ajoelho na areia, o encarando a distância.

— Como você está?— meu loiro quer saber, unindo as sobrancelhas de confusão. Não deve ter sentido confiança naquele tom muito mais do que eu.

— Eu estou bem, só preciso falar com Beatrice.— a vidente diz e em menos de um segundo, corro para o lado de Jasper, não querendo tirar o celular de sua mão como se fosse levar um choque caso o segurasse. Notícia ruim não, notícia ruim não!

— Pode falar, eu estou aqui— falo em voz alta.

— Ela sabe, Tris, ela quer te ver— ela diz apressada.

— O que? Quem?— fico confusa.

— Katlyn descobriu sobre mim. Ela quer te ver.

BEA, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora