BEA, Jasper Hale

‣ Ares

— Bem que você podia fazer nevar, não acha?— o Hale sorri e eles se sentam, ficaram a noite toda contando as estrelas, ligando seus pontos e dizendo o que cada coisa parecia, formas sem sentido eram tudo o que viam, mas blefavam entre si só para fazer o outro rir com sua criatividade.

— Está cheirando cocaína, querido?— Beatrice arregala os olhos levando a mão ao peito, fazendo-se de indignada. Jasper ri e a dá um empurrão leve.

— Idiota.

— Você me ama— ela sorri de lado, perversa.

— Pior que sim— Jasper arregala os olhos e balança a cabeça, como se isso fosse um horror. Beatrice o ataca como se fosse um gato e os dois rolam no chão rindo. Jasper fica por cima— Perdeu— zomba.

— Dando uma de Nala?— Beatrice tenta lutar com ele mais uma vez, mas Jasper prende os pulsos dela dos lados da cabeça da garota, ele dá de ombros, como quem não está nem se esforçando.

— Você com certeza dá uma de Simba direto— ele se aproxima dela, lambe a ponta do polegar e o passa na testa dela— Simba!— ele zomba, ela ri e esperneia tentando se soltar.

— Ah, Jazz!

— Ah, Tris!— ele se diverte, prendendo-a.

— Não me faça te eletrocutar— ela ameaça o encarando severa, Jasper faz a cara do descaso, como quem diz até parece.

— Fala sério, eu me curei por completo ainda agora— faz bico.

— Então não vai querer se machucar de novo tão cedo, não é?— ela caçoa. Ele a solta e se levanta com elegância— Gay.

— Sou mesmo, estou pensando em te largar pelo cachorrinho— eles riem e ele a puxa para um abraço cambaleando de um lado para o outro, o sol aparece e os alcança.

— Topa um a três?— ela ironiza, Jasper cerra os olhos e mostra os dentes.

— Também não apela— ela gargalha e esconde o rosto na curva do pescoço dele.

— Você já é mais do que o necessário para me satisfazer, meu lindo— ela sorri maliciosa. Jasper se inclina um pouco para trás para poder olhar o rosto dela.

— Ah é?— ele segura o riso, ela revira os olhos e o beija.

— Não vamos massagear seu ego.

— Eu sou o melhor que você já teve, não sou?

— Tenho que te manter humilde, Jazz. Você já não é muito— ela ri.

— Ah, vai, fala! O que foi? Não quer saber se você é a melhor da minha?— ele provoca, o sorriso de Beatrice evapora e ela para de o abraçar para cruzar os braços, emburrada.

— Não tem "se" nesse meio— ela resmunga, ele ri e ela soca seu ombro com força o fazendo recuar.

— Eu estou brincando, amor! Vem cá!— ela o dá as costas e marcha para longe dele com o queixo erguido— Tris!— Jasper não consegue parar de rir e a barra, correndo para a frente dela— Claro que você é a melhor, minha linda— ele abre os braços e ela apenas vira o rosto— A melhor da minha vida, e olha que eu vivi muito tempo.

— Com quantas mulheres você transou, Whitlock?!— ela o olha de soslaio.

— É... com quantos caras você transou, Swan?— ele rebate levando as mãos a cintura.

— Quatro! Você é o quarto! Agora responda!— ela levanta uma sobrancelha, esperando, Jasper encolhe os ombros. Beatrice reprime o rosnado— Jasper...

— Eu tive muito tempo livre e...— ele deixa a voz morrer, por conta disso, ele teme mesmo ser eletrocutado, o choque de Beatrice é diferente do de Kate, a dor fica por um tempo longo e irritante, o da loira passa em poucos minutos.

— E O QUE?— Beatrice o estapeia.

— Linda, eu tive uma vida antes de você!

— NÃO DEVIA!— ele se encolhe deixando que ela continue lhe batendo.

— Socorro!— ele ri— Uma perturbada me atacando aqui!

— Qual é o nome delas?— ela pergunta, voltando a cruzar os braços e fazer bico.

— Qual o nome deles?— ele retruca arregalando os olhos, também cruza os braços.

— Você não vai matar eles— ela revira os olhos.

— Quem disse que eu não planejo!?— ele elevou o tom— A porra do Harry está até com a data marcada!

— Ah, com ele eu nem me importo, se quiser, eu ajudo!— ela deu de ombros.

— Ótimo! E eu penso o mesmo da Maria!

— Ótimo e as outras!?

— Só se eu puder matar todos eles— ele sorri de canto, cínico.

— Ah, o meu primeiro foi simpático— ela se faz de pensativa, Jasper a imita afinando a voz de deboche e revira os olhos, Beatrice o ignora— Mas ainda vai sobrar pra caralho, né?— ela volta a se irritar, ele fica brincando com o humor dela, ela sabe disso e o bate mais uma vez.

Logo eles param e estão rindo, Jasper se aproxima para a abraçar, Beatrice resiste mais um pouco, mas sorri e aceita aos poucos, retribuindo.

— Idiota.

— Você que é— ele rebate e dá um beijo na sua bochecha— Ciúme de coisas que eu fiz antes mesmo de existir um átomo dos seus pais— ele para de rir quando sente os dentes dela no seu ombro— Epa, epa, epa!— ele põe a mão na testa e a afasta com cuidado.

— Está com medinho, é?— ela sorri perversa.

— Você é cruel, Tris— ele arregala os olhos.

— Ah, eu sei— ela dá de ombros— Eu sou a porra de uma deusa agora, me chame de Ares de agora em diante.

— O deus da guerra aqui sou eu, fofa— Jasper franze a testa unindo as sobrancelhas.

— Na frente de um grande homem, há uma grande mulher.

— O ditado não é bem assim— ele faz careta.

— Eu faço as regras, calado, meu servo— Jasper sorri irônico e se ajoelha na frente dela.

— Como quiser, minha deusa— ele diz, mas então a ataca, derrubando-a mais uma vez. Os dois brigam como gatos, Beatrice vai analisando os golpes dele e começa a bloquear cada um, voltam a se levantar e ele a chama para um duelo, sorrindo orgulhoso— Me mostra o que tem, linda.

Beatrice levanta as sobrancelhas e cerra os olhos, sorrindo divertida.

— Você quer dizer que...?

— Quer aprender, não quer? Vamos treinar.

— Posso te socar?— ela se empolga, seu sorriso se alarga.

— Eu posso bater de volta?

— Isso vai me deixar excitada— ela lambe os dentes. Ele ri.

— Estou contando com isso— e eles partem para o ataque.