‣ Thank you

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Obrigada

Mais gente chega, querem vê-la, querem tocá-la como se ela fosse uma boneca muito realista, uma coisa que eles nunca tinham visto

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Mais gente chega, querem vê-la, querem tocá-la como se ela fosse uma boneca muito realista, uma coisa que eles nunca tinham visto. O tanto que ela ouvia os murmúrios a chamando de coisa, o que você é? Está começando a lhe dar dor de cabeça. Tomou banho de novo, pegou um vestido verde marinho apenas porque estava com preguiça até de procurar uma roupa que a cobrisse mais. Vestida com uma burca ou não, ela ainda teria muitos olhos nela.

Os vampiros questionam porquê lutar por ela valeria a pena. O pressentimento geral não é bom, mas a maioria permanece por sua amizade com cada membro da família.

— Então você tem mais de um dom?— diz um dos visitantes de olhos vermelhos chegando para perto de Beatrice assim que ela toca os pés no assoalho da sala. O indiano se chama Benjamin, ela se lembra— Quais são?

— Ainda é algo a ser descoberto— ela dá de ombros, um tanto indiferente.

— Ouvi que você pode mudar o clima, podemos ter algo em comum!— ele sorri docemente, uma animação genuína, quase infantil, deixa Beatrice intrigada.

— Você também tem mais de um dom?— ela levanta as sobrancelhas, esperançosa.

— Eu... permita-me que eu te mostre!— ele estende o braço na direção dela e Beatrice aceita de bom grado embora fosse meio relutante em tocar desconhecidos. Jasper, que estava do outro lado da sala ao lado de seu recém chegado melhor amigo, Peter, logo prestou mais atenção nos dois que deixavam a sala e a casa velozmente.

— Aquela é a sua esposa?— Peter pergunta, ainda não a tinha visto.

— Sim, vem, eu vou apresentar vocês— ele leva a mão ao ombro do amigo— E Charlotte?

— Ah, caçando, em breve ela estará aqui— o rapaz dá de ombros. Alto como Jasper, cabelos curtos e castanho-claros, ombros largos e aquela cara de quem está sempre olhando para o horizonte, o olhar cerrado. Muito bonito, naturalmente, com roupas despojadas, camiseta roxa escura e calça jeans rasgada, Jasper se sentiu ridiculamente certinho perto dele quando seguiram para o lado de fora.

Beatrice nota a aproximação, ela sente o cheiro de Jasper, mas está mais concentrada na sua frente, Benjamin exibindo seu dom, ele abriu um buraco na terra sem tocá-la, um buraco pequeno do tamanho de sua palma e profundo, fez a água do solo subir e o encher até o limite, a água suja dançou com o balançar do indicador do indiano, subindo num loop cuidadoso. Beatrice sorri e divide a água, Benjamin a olha com divertimento conforme ela usa seu dom com o dele. Ela pode me entender, ele pensa. Ele sabe como é ser visto mais como uma arma do que como uma pessoa, algo a ser cobiçado. Ele gesticula pedindo tempo, Beatrice devolve a água para seu controle e ele solta aos poucos, a água se agita, fervendo até criar fumaça e então puro fogo.

— Você pode domar os elementos— Beatrice conclui com um sorriso de admiração e surpresa, arregala os olhos para Benjamin.

— Seu dom é um tanto parecido com o meu... temos muito em comum— Benjamin toca o ombro desnudo dela, se aproximando com sutileza. Jasper respira fundo, fuzilando o moreno com o olhar.

— E ainda... Por que eu sou diferente de você? Ainda não faz sentido. Eu não posso controlar a terra ou o fogo, você ainda é mais poderoso que eu.

— Você não pode, ou não tentou?— Benjamin diz sugestivo, Beatrice franze a testa pensativa, indiferente a proximidade de Benjamin, o completo oposto de Jasper. O loiro ferve quando a mão de Benjamin vai para as costas de Beatrice.

A garota usou os raios para criar fogo, queimou Jasper através da eletricidade, será que havia alguma forma de cortar caminho? Ela encara a pequena e insignificante fogueira a sua frente. Benjamin aproximou os lábios carnudos do ouvido dela, Peter arregalou os olhos encarando o melhor amigo, conhecia bem Jasper.

— Respire fundo,  se conecte com todo o calor que você sentir, use suas emoções para guiá-lo...

— Você não precisa ficar tão perto dela, ela não é surda!— Jasper bate palmas para chamar atenção dos dois, Beatrice o olha por cima do ombro, confusa por um segundo, nem tinha se dado conta do flerte, nem se importava, mas o ciúmes de Jasper arrancou uma risada baixa.

— Jazz— ela censura, divertindo-se.

— Tira as mãos da minha mulher antes que eu tire— Jasper cerra os olhos, se curvando na direção dos dois, Benjamin se afasta, envergonhado.

— Hã, eu não sabia que ela...— ele franze a testa.

— Que bom que agora sabe, não é?— Jasper diz em tom debochado. Peter ri com Beatrice, finalmente notando os olhos dela, mas tomando cuidado de não encarar demais— Tris, esse é meu melhor amigo, Peter, irmão de guerra— Jasper aponta demorando o olhar em Benjamin só mais um pouco.

— Ah, é um prazer— Beatrice se aproxima apertando brevemente a mão de Peter— Sou Beatrice Swan.

— Whitlock— Jasper acrescenta, fazendo a garota revirar os olhos com um sorriso bobo.

— Só Peter— o amigo responde admirado com Jasper, o ciúme e o orgulho, certamente ele gosta mesmo dessa recém criada. Seria o correto conversar, perguntar como ele estava ou coisa do tipo, mas Beatrice acabou se empolgando demais e se voltou para Jasper com o ânimo renovado.

— Você o ouviu, Jazz?— refere-se a Benjamin ainda parado mais para o fundo— Eu não acredito como eu nunca pensei em apenas tentar! Eu só foquei no que eu sei, sem nem tentar ir além apesar da desconfiança. Será que alguém pode me ajudar a descobrir meus outros dons?— ela olha ao redor, sabia que por onde fosse, teria uma plateia então os encarou das janelas da casa, imóveis como estatuas, alguns desviaram o rosto.

— Claro que podemos— Benjamin toma a iniciativa, Jasper finge não ter o escutado para não perder a razão.

— Eu te ajudo— diz Zafrina, pulando do segundo andar sendo seguida de perto por Senna, nenhuma das duas falou muito desde que chegaram, então a atitude surpreendeu geral— Não viu nada de estranho ou diferente, não é?

— Do que está falando?— Beatrice franze a testa, confusa. Zafrina apenas sorri sem resposta, tentou diversas vezes usar seu dom em Beatrice, mas a garota não reagia a nada.

— Eu acho que também posso ajudar— diz Kate de cima, ela e Beatrice se olham e a loira sorri— Só não me faça de churrasquinho, hein— brinca, Beatrice ri.

— Obrigada— ela olha ao redor— Obrigada mesmo.

BEA, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora