A família chegou em frente a uma grande estrutura, estava a décadas alí porém ninguém nunca havia notado em como ela era grande, principalmente Lucas que sempre passava em frente de bicicleta.
- Viemos dar todo o nosso apoio. -disse Beatriz, a garota sabia que era um momento complicado e mesmo tendo certeza de que Romão não conseguiria o que queria ela fez questão de estar presente quando o juiz batesse o martelo.
- Estamos com vocês. -Gabriel passou a mão pelos cabelos de Luan assim como Lucas fazia, a única diferença é que não despenteava seus cabelos.
- Obrigada pelo apoio queridos. -agradeceu e a mulher logo foi ao encontro do advogado que a chamava.
Clarisse não estava conseguindo se concentrar em nada, a fantasma estava tensa e parecia faltar ar para seus pulmões figurados.
"Se mantenha bem! Relaxe! O Lucas precisa de você."
Mentalmente a assombração parecia ler um livro de auto ajuda.
O garoto ao seu lado olhava para os lados cerrando os dentes e o punho, sentia enjôo e o mundo parecia estar em câmera lenta comparado aos pensamentos rápidos dele.- Está procurando o Romão? -perguntou entrelaçando seus dedos sutilmente com os de Lucas, o garoto acena que sim com a cabeça, seu gesto passa desperço. - Falando no diabo.
Romão chega curvado segurando aquela bengala, estava pior do que da última vez. Melissa estava vestida com um vestido preto e seus cabelos amarrados, bem formal e elegante nem parecia que estava prestes a arruinar uma família. Na cabeça da mulher ela não estava tirando Luan de sua família ela estava o salvando, entretanto era só mais uma que havia sido manipulada a acreditar na mentira. Se não der a chance de escutar os dois lados de uma mesma história nunca terá como julgar o certo do errado.
- Podem entrar e se sentar. -disse um homem vestido com terno abrindo a porta de uma sala.
Cadeiras e mesa de madeira pura, o cheiro de desinfetante e álcool anunciava que a mocinha da limpeza havia acabado de limpar a sala a pouco tempo.
- Vocês se sentam aqui. -falou indicando os lugares de Gabriel e Beatriz. -E vocês aqui. -Lucas e Daiana estavam um pouco mais a frente.
- Cadê o Luan? -perguntou quase sussurrando para mãe.
- Está em outra sala, tem uma mocinha olhando ele. -deveria ser a assistente social ou algum cargo semelhante.
- Todos de pé para receber o senhor meritíssimo. -ordenou e assim foi feito.
O advogado contratado por Daiana começou a apresentar seus argumentos. Resumindo o Romão sempre foi um péssimo pai e para todos terem certeza disso seu primogênito teria que dizer isso para todos escutarem e a guarda absoluta ir para Daiana.
- Romão sempre foi meio explosivo e agia impulsivamente, faziam três anos e dez meses que ele não aparecia lá em casa. Ele abandonou a gente sem dar explicações. -Lucas falava com um nó na garganta.
- Protesto. -disse o advogado de Romão. -Difamação! -era alto e claro o tom de voz.
- Prossiga. -o juiz deu a permissão para que o advogado continuasse.
- Não existem provas concretas de que o meu cliente Romão tenha deixado sua família a não ser pela palavra de seu filho. -insinuava que Lucas estava mentindo. -Lucas é verdade que você faz uso de remédios controlados, certo?
"Cretino!"
- Sim, para a ansiedade. -respondeu com a voz falha.
- Protesto, não está de acordo com o assunto tratado. -o doutor de Daiana tentou defender mas seu pedido foi negado e assim a defesa de Romão prosseguiu.
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Separados Pelo Acaso Unidos Pelo Destino
Teen Fiction"Uma alma de um garoto vivo que tinha necessidade de oxigênio e uma alma de uma garota morta que era o oxigênio." Problemas com o pai na infância e desde sempre com uma responsabilidade enorme em suas costas, essa é a vida de Lucas, adolescente de d...