Capitulo 5

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DULCE

Eu e Alfonso fomos até o bar comprar umas bebidas. Depois nós subimos uma escada e nos sentamos em uma mesa na parte de cima da boate. De onde nós estávamos, dava para ver as pessoas lá embaixo.

A -- E então, Dul, está se divertindo ?

D -- Sim. Faz muito tempo que não me sentia assim. Todo lugar que eu vou preciso dar autógrafos. Não que eu ache isso ruim, mas é bom me sentir normal de vez em quando.

A -- Eu sabia que você ia gostar. É como se fosse uma folga da fama. Acho que eu não ia gostar de ser famoso.

D -- Se você não fosse advogado, o que gostaria de ser ?

A -- Não faço ideia. (Ele riu) -- Talvez eu fosse empresário e seria dono de uma boate como essa.

D -- Ainda dá tempo de ir atrás disso. Você pode virar um sócio.

A -- Quem sabe. Mas e você ? Realmente nunca mais mordeu ninguém ?

D -- Você sabe que eu me sinto mal fazendo isso. Não quero fazer com os outros o que fizeram comigo.

A -- Eu te entendo. Por mais que sejamos diferentes, eu gosto muito da sua amizade. Não importa se você não é como eu.

D -- Bem, cada um decide a forma como quer viver. O mais importante pra mim é a nossa amizade. Nada vai estragar isso.

A -- Nada! (Ele sorriu e segurou as minhas mãos)

D -- Pelo menos, você não é uma das marionetes do Logan. Meus pais sim. Eu também tenho medo de acabar ficando igual a eles.

A -- O tio Fernando e a tia Blanca realmente me surpreenderam. Mudaram da água para o vinho. Mas todos nós temos uma escolha. Você escolheu viver de uma forma diferente e se orgulha disso.

D -- Eles se deixaram levar pelo poder. Gostam de ser o que se tornaram. E também gostam de fazer tudo o que aquele infeliz manda eles fazerem.

Eu e Alfonso crescemos juntos. Nossas famílias se davam muito bem e nós éramos vizinhos quando morávamos em um bairro chamado Queens. Até hoje meus pais moram lá.

D -- E seus amigos ?

A -- Sabe, hoje eu vou ficar com você. Eu sempre saio com eles. É mais difícil eu te ver, a não ser quando vai buscar sangue na minha casa.

D -- Que bom! Vamos relembrar os velhos tempos.

Nós conversamos por alguns minutos. Relembramos algumas coisas do passado e rimos bastante.

A -- Tem um cara ali que não para de te olhar. Deve estar querendo chegar em você. (Disse bebendo um copo de vodka)

D -- Vai ficar querendo. Eu não vim aqui pra isso, mas sim para me divertir com o meu melhor amigo. Eu vou ao banheiro e já volto. Não saí daqui, hein.

A -- Tudo bem!

Me levantei da mesa e entrei em um corredor. Procurei pelo banheiro feminino. Entrei em uma das cabines. Quando saí, tinha um homem encostado na pia.

D -- O banheiro dos homens é do outro lado, caso não saiba. (Eu disse em um tom quase irritado. Ele parecia estar um pouco bêbado)

Em vez de sair, ele olhou para mim de cima a baixo. Foi até a porta do banheiro e a trancou. Começou a se aproximar. Eu fui me afastando até encostar na parede.

Homem -- Eu tenho uma coisa pra você que acho que vai gostar muito. (Ele abriu o zíper da calça e me olhava com malícia e isso me deixou um tanto assustada pois eu já imaginava o que ele queria de mim) -- Você é muito gostosa. Estive te observando.

Inevitable SinfoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora