Capitulo 40

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Maratona 5/8

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DULCE

Eu estava apavorada, não só apavorada por achar que ia morrer antes mesmo de tentar voltar a ser uma humana, mas também temia ter que ser obrigada a ficar longe do homem que eu amava. Eu tinha certeza que jamais faria mal a ele, mas as outras pessoas não poderiam saber o que se passava no meu coração.

Quem ia acreditar que eu era uma vampira que não mordia ninguém ? Ia ser muito difícil provar a minha bondade para os outros. Maitê só acreditou em mim por me conhecer há anos e porque eu provei a ela que só bebia sangue de hospital ou de animais.

D -- Dona Alexandra, não sei o que a senhora vai fazer comigo, mas por favor, acredita em mim! Eu realmente amo o seu filho! E assim como me disse que estou ajudando ele, ele também está fazendo o mesmo comigo. Nunca pensei que fosse amar tanto alguém assim. E se a senhora quiser que me afaste dele, será a maior dor que vou sentir na vida. Isso será pior que a morte.

Pois é, eu estava muito desconfiada que ela estava me aprontando alguma.

A -- Dulce, eu não vou te matar e também não vou te pedir para sair da vida do Christopher.

D -- Não ? (Perguntei surpresa)

A -- Mas só se me der sua palavra que jamais vai machuca-lo.

D -- Como eu poderia fazer mal a ele se eu o amo ? Estaria ferindo a mim mesma. Eu nunca o machucaria, nunca! (Eu disse negando com a cabeça e chorando) -- Não precisa nem me pedir algo assim.

A -- Eu também não poderia te matar, Dulce. Tenho uma dívida com a sua família.

D -- O que ? Dívida ?

A -- Sim. Mas não posso te dar detalhes porque não posso comprometer a minha família. Tem muitas coisas que aconteceram no passado que nem o meu filho sabe. E pretendo esclarecer tudo quando eu voltar de viagem.

D -- Não entendo porque a senhora está fazendo isso. Olha, se for me matar, pode me matar logo, não precisa me distrair.

A -- Já disse que não farei isso. Não se preocupe.

D -- Eu sou uma vampira e seu filho é um caçador. Por que vai confiar na minha palavra ?

A -- Primeiro, porque se você quisesse fazer mal a ele, acho que já teria feito, não ? Segundo, ele está feliz, e quero deixar as coisas assim. Me diz qual mãe não quer a felicidade do seu filho ? E em terceiro, considere paga a dívida que temos com sua família por eu não dizer nada ao Christopher e por lhe dar este voto de confiança.

Eu não conseguia me mover e nem dizer nada. Apenas engoli em seco e minhas lágrimas escorriam até por meu pescoço. Não estava acreditando no que eu estava escutando. O que meus pais fizeram para a família Uckermann ? Que dívida era essa ? Fui salva por causa disso ? Uma troca de favores ? Minha mãe não tinha me contado sobre uma coisa assim. Bom, talvez ela não soubesse de nada, só o meu pai.

D -- E-eu não sei o que dizer. (Fiquei olhando para ela com uma expressão desconfiada)

A -- Dulce, eu não vou te fazer nada. Eu juro pela vida do Christopher. Não precisa ter medo de mim. Já vi que você não vai me atacar. Está tão branca quanto o seu vestido.

D -- P-por que está me ajudando ? A senhora nem me conhece. (Ela começou a se aproximar de mim)

A -- Só quero que meu filho seja feliz. Apenas isso. (Ela se sentou na cama e eu ainda estava agarrada à cortina)

D -- Mesmo que seja ao lado de uma vampira ? Eu vou ser assim para sempre. Não vou poder dar uma família ao seu filho. Pode esquecer a ideia de ser avó, dona Alexandra. (Eu queria ver até onde ele concordaria com isso)

Inevitable SinfoniaOnde histórias criam vida. Descubra agora