Capítulo 2

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Hello voltei com mais um capítulo pra vocês.

Enjoy!

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Aydan Bolat, mãe de Serkan, entrou na pequena biblioteca e sentou-se ao lado do filho.

Embora as costas do homem poderoso estivessem voltadas para ela, Eda conseguiu vislumbrar a maneira com que ele se dirigiu à mãe e depois voltou-se para o advogado, dando-lhe permissão para começar.

O testamento de Ayfer continha alguns detalhes inesperados. Ela havia deixado todos os seus pertences para o marido, exceto no caso de precedê-la na morte, então sua herança passaria para Eda.

A sequencia do legado não a surpreendeu. Ayfer esperava que Omer vivesse menos que Eda, e não teve dúvida em determinar aquela cláusula, como uma tentativa de fazê-lo acreditar que dava mais valor a ele do que à própria filha.

Contudo, o último desejo do testamento de Omer Bolat foi, de alguma maneira, surpreendente. Embora tivesse deixado algumas coisas de valor sentimental para os membros da família e para Eda, a maior parte de sua fortuna fora deixada para Serkan Bolat.

Omer Bolat não tinha deixado nada para sua jovem esposa, nem mesmo instruções para Serkan cuidar da viúva. Isso confirmou a suspeita de Eda que, evidentemente, Omer tornara-se totalmente desencantado com o comportamento escandaloso da esposa.

O advogado depositou o documento sobre a mesa depois que acabou de ler e fixou os olhos em Eda, o que também chamou a atenção dos demais.

Eda contorceu-se diante dos olhares.

— O médico legista foi incapaz de determinar qual dos ocupantes do carro morreu primeiro. — O advogado desviou o olhar para Serkan. — Contudo, estou certo de que a família Bolat não se oporá a que você tome posse dos bens pessoais de sua mãe.

Serkan balançou a cabeça numa leve negativa.

Eda não sentiu nada, certamente, não se sentia feliz em herdar qualquer bem resultante do deplorável estilo de vida da mãe.

A única coisa que teria satisfação em receber era um segredo que Ayfer tinha levado para o túmulo.

A identidade do pai de Eda, uma informação que a mãe havia se recusado a dar.

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Serkan levantou o olhar ao som de uma batida à porta, mas Eda não entrou. Ficou na soleira, seu rosto sombreado pela luz do corredor, de modo que ele não podia ver a sua expressão.

Ele acenou impacientemente para que entrasse, uma vez que estava à espera dela. Pelo que sabia a filha de Ayfer não compartilhava a avareza da mãe.

— Entre. Não fique de pé aí na porta.

Ela entrou na sala como se estivesse na mira do caçador.

— Não quero incomodar, nem ser intrusa.

— Se eu quisesse privacidade, a porta estaria trancada.

— É claro. — Ela deu um suspiro profundo, evitando olhar nos olhos dele. — Você tem um minuto? Há algumas coisas que preciso discutir com você.

Ele assentiu e então se dirigiu a uma das cadeiras de veludo vermelho do aposento onde o testamento tinha sido lido na parte da manhã.

— Sente-se. Sei sobre o que quer falar e estou certo que poderemos chegar a um acordo amigável.

Ela recebera, com muita calma, naquele dia, a notícia de que não havia herdado nada.

Independentemente do motivo pelo qual Ayfer tivesse deixado a herança para o marido, Eda deveria estar seriamente decepcionada.

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