Capítulo 16

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Voltei amores, aproveitem o capítulo.


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Seu corpo, gelado há semanas, acordou como se nunca tivesse adormecido. Um milhão de impulsos elétricos despertaram cada terminação nervosa, enviando ondas de prazer para seu cérebro.

Eda pensou que estivesse desinteressada, mas na realidade estava faminta por uma sensação que somente Serkan podia lhe proporcionar.

Ele parecia sentir isso, e segurando-lhe o rosto com as mãos grandes usou os polegares para alisar-lhe o queixo de maneira sensual. A língua provocou-lhe os lábios, procurando permissão para entrar. Ela deu um gemido baixinho, abrindo os lábios num convite intenso.

Imediatamente, ele aproveitou-se disso, deslizando a língua para dentro da boca quente, saboreando-a como se nunca se satisfizesse com aquele beijo intimo.

Eda correspondeu com uma devassidão que horrorizou sua mente, mas o corpo não tinha forças para combater o desejo. Sentiu uma ligação com ele primitiva demais para ser reprimida pela lógica, e muito forte para ser interrompida pelas feridas ainda abertas que Serkan infligiu ao seu coração.

— Você tem um sabor tão doce — disse ele contra seus lábios, e puxou-a para seu colo.

Ela não protestou, mas viu-se sentada no colo dele, passando os braços em volta do seu pescoço.

Serkan era como sua âncora numa tempestade violenta, num furacão.

As mãos grandes deslizavam por suas curvas, segurando-lhe os seios e brincando com seus mamilos enrijecidos e palpitantes sob o tecido rendado do sutiã e da blusa de seda, até que Eda pensou que perderia totalmente a razão. Arqueou-se contra ele, sentindo a evidência do desejo dele sob as nádegas. Queria a boca bem delineada e quente em seu corpo e não protestou quando ele começou a desabotoar os botões da blusa.

Com um estalar de dedos, Serkan soltou o sutiã dela e começou uma exploração, que lhe roubou todo o ar dos pulmões.

De repente, seu coração parecia querer saltar do peito e ela quase não conseguia respirar, por mais que tentasse.

Afastou-se num impulso, tomada de terror.

— Serkan, pare. Não posso...

Ele levantou a cabeça e fitou-a com olhos apaixonados.

— O que foi?

— Meu coração — Ela se esforçava para respirar.

Ele praguejou e seu semblante foi coberto de preocupação e de uma fúria autodirigida.

— O que eu estava pensando, meu Deus?! — perguntou ele, com o sotaque muito carregado. — Eda, você está bem, meu amor!

A sensação começou a ceder tão rápido quanto tinha chegado, e ela assentiu.

Ele inclinou-se, passou um braço ao seu redor num gesto protetor, enquanto falava ao interfone com o motorista, dando-lhe uma série de ordens em inglês. Em seguida, acomodou-se novamente, puxando-a para si e aninhando-lhe a cabeça contra o peito.

— Eu não deveria ter beijado você ainda. — O tom de Serkan era de puro remorso. — Nós nem sequer providenciamos as receitas médicas. — Ele praguejou outra vez. — Desculpe-me, não tive a intenção de colocá-la em risco.

— Você não tinha permissão para me beijar. — A raiva de Eda perdeu um pouco do impacto quando percebeu estar aninhada contra ele, seus dedos agarrados ao fino tecido da camisa de seda, sentindo-se fisicamente fraca para mover-se.

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