Capítulo 10

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Olá voltei, espero que gostem!


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Mechas de cabelos castanhos e sedosos desprenderam-se de seu penteado conservador e espalharam-se ao redor das almofadas do sofá, fazendo-a parecer uma deusa pagã da Antiguidade.

Aquilo exigiu mais autocontrole do que Serkan pensava possuir, mas penetrou-a, centímetro por centímetro, vagarosamente.

Ele fez amor com Eda num estado semi-entorpecido, explodindo em um prazer imenso, maior do que qualquer coisa que já havia conhecido.

Ela se movimentava sensualmente sob ele, enquanto gemia baixinho. Novamente, não deu sinal algum, mas atingiu o clímax com contrações poderosas. No momento em que Serkan atingiu o próprio orgasmo, continuou por cima dela, o corpo tremendo em espasmos descontrolados. Eda começou a chorar, lágrimas suaves e silenciosas.

— Eu a machuquei? — Ele sentiu uma grande angústia diante daquela possibilidade.

Ela balançou a cabeça.

— Não. Foi à experiência mais incrível da minha vida. Obrigada.

Serkan saiu de cima dela e rolou de lado, olhando-a.

— Você está bem?

— Oh, sim. É tão diferente! Todos os movimentos que fizemos pareciam criar um terremoto dentro de mim — disse ela, timidamente.

Ele balançou a cabeça. Ela tinha alguma ideia do quanto era especial?

Eda adormeceu logo que descansou a cabeça no travesseiro. Serkan também se entregou ao sono, sentindo-se mais feliz do que jamais se sentira na vida.

Acordou-a duas vezes durante a noite, e em ambas ela se entregou com total abandono.

Serkan acordou com uma sensação de ter perdido alguma coisa importante. Nada menos do que a si próprio.

Qualquer homem seria um tolo em permitir que uma mulher exercesse tamanho poder sobre ele, mas, naquele momento, estava impotente para minimizar sua reação a Eda.

A única coisa que amenizava a situação era que as obsessões eram completamente mútuas. Ela também não podia resistir ao seu poder de sedução.

Eda era uma amante incrível, uma mulher como nenhuma outra. O sonho de todos os homens.

Uma sensação de desorientação o dominou quando se lembrou de determinada linha da carta do tio-avô.

Omer tinha dito a mesma coisa sobre Ayfer, que ela era o sonho de todos os homens na cama. O velho homem escrevera que continuara sustentando o casamento por tanto tempo apenas por causa do desejo que Ayfer despertava nele, e também por estar viciado no prazer sexual que ela proporcionava.

Vício. A palavra estava muito ligada aos sentimentos de Serkan por Eda.

Mas não estava escravizado por sua libido a ponto de permitir que uma mulher destruísse seu orgulho e esmagasse sua dignidade só porque era boa na cama.

Você realmente não permitiria? Uma voz atormentada surgiu em sua cabeça.

Com pensamentos perturbadores, olhou para a mulher frágil dormindo ao seu lado. Não podia ver o rosto porque estava coberto pelos lençóis de seda, mas o volume dos seios era revelado sob a coberta fina e podia sentir a maciez de sua pele. Um desejo ardente surgiu e ele teve que se conter para não acordá-la.

Vício. Obsessão. O quão diferentes eles eram?

Mas estava viciado? Ele a queria, mas não tinha de possuí-la. Poderia sobreviver sem fazer amor. Não era escravo da paixão.

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