Capítulo 11

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Hello estou de volta,

Enjoy!

✩✩

— Você disse que me conhecia. Se conhecesse, saberia o quanto foi difícil à noite passada, depois do que me aconteceu quando eu era mais jovem.

— Essa farsa foi usada também por sua mãe. Pode ter funcionado com Omer, mas não funcionará comigo.

Ayfer tinha fingido ter um trauma sexual no passado? Ela acreditaria em qualquer tramóia, pois havia tido uma vida inteira de joguinhos e mentiras. Todavia, o que não podia aceitar era que em tão pouco tempo Serkan tivesse se transformado de um amante carinhoso e quente em um impiedoso estranho. Como tudo poderia, ter saído tão errado?

— A noite passada foi linda!

Alguma coisa brilhou nos olhos dele, mas Eda nem mesmo tentou entender o que era. Seu coração estava sendo despedaçado.

— Uma manipulação linda, você quer dizer, mas não sou meu tio e não serei enganado pela minha libido num relacionamento com uma meretriz, e, ainda por cima, mercenária.

Ela saiu da cama indignada, pois o último insulto tinha sido muito forte.

— Não ouse me xingar.

— A verdade dói?

— A verdade? O que você sabe sobre a verdade? Você está tão errado quanto Omer nunca esteve. — Ele acreditava em mentiras sobre ela, mas mentiras que o próprio Serkan havia criado. — Não sou como minha mãe, entreguei-me para você virgem, pelo amor de Deus!

Serkan a olhou sem se convencer, mais parecendo uma estátua de mármore gelada.

— Sua virgindade era tão falsa quanto seu suposto amor.

Ela sacudiu a cabeça, incrédula com as palavras dele.

— Você não acredita que eu era virgem?

— Você foi pega nas suas próprias mentiras. Deu a entender que foi violentada, mas depois falou que era virgem. Violentada e virgem? Não dá para entender.

— Eu nunca tive uma relação sexual antes. — Foi tudo que Eda pôde dizer, pois não estava a fim de relembrar um momento tão doloroso de sua vida, não depois do que ele tinha dito.

— Você não sangrou.

E isso era prova incontestável de que ela tivera experiência sexual? Que não tinha sangrado?

Não, não tinha. Sangrou aos 16 anos, tanto que havia ficado horrorizada, pensando que morreria. Ayfer havia se recusado a levá-la para o pronto-socorro, dizendo-lhe para não ser um bebê chorão, que todas as mulheres sangravam quando seu hímen era rompido.

Ela estava sangrando novamente agora. Por dentro, onde não podia ver seu amor tendo uma hemorragia letal, e a dor era até mesmo pior do que tinha sido naquele dia horrível, tanto tempo atrás.

— Eu não exigi casamento. Entreguei-me a você livremente. Isso não conta? — Eda não estava nem mesmo tentando convencê-lo, apenas acentuando o óbvio.

— Você vendeu-se muito barato.

Cada palavra era como uma bofetada no rosto dela.

Se Serkan pensava que o ato de fazer amor fora do casamento era algo impensado para ela, estava completamente errado. Eda nunca aceitou o estilo de vida da mãe como exemplo, e sempre almejara uma cerimônia de casamento, um vestido branco e um príncipe encantado, mas havia se entregado ao seu príncipe, sem tramóias, porque o amava muito.

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