Voltei amores, enjoy!
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Uma semana passou e Serkan não tinha voltado. Telefonava todo dia, mas a conversa deles era formal e concisa. Perguntava sobre sua saúde e ela o questionava sobre os negócios. Nenhum dos tópicos requeria muita continuidade. Eda se sentia ótima e os negócios de Serkan apresentavam alguns problemas.
Por melhores que fossem os funcionários dele, algumas negociações requeriam a atenção pessoal de Serkan. Ou, pelo menos, era do que ela tentava se convencer, mas, na escuridão da noite, se atormentava com os pensamentos de que Serkan estava usando os negócios como desculpa para fugir de sua presença.
Um homem acostumado a ser assediado e bajulado pelas mulheres mais bonitas do mundo não podia aceitar facilmente um tratamento tão frio quanto o que Eda estava lhe dando.
Serkan estava certo: ela recusou seus presentes, suas propostas, enfim, tudo, porque não confiava mais nele. Havia sido muito magoada para acreditar que ele a quisesse como mulher e esposa, e não apenas pelo bebê em seu ventre, mas isso significava que deveria continuar a rejeitá-lo?
Um casamento pelo bem de uma criança era a pior coisa que poderia acontecer a uma mulher? Aprender a viver sem o homem que amava não seria pior? Ou ter de ficar à parte e observá-lo casar-se com uma daquelas mulheres sofisticadas e maravilhosas que ele tinha namorado antes?
O pensamento causou-lhe um arrepio na espinha.
Embora tivesse tentado eliminar Serkan de sua vida, tivera a necessidade quase mórbida de ler os tablóides americanos durante os três meses que ficara na Itália. Era como se Serkan Bolat, que os tablóides de fofocas da alta sociedade chamavam de "o magnata americano", tivesse virado o rosto completamente para o cenário social. E esse foi seu único consolo, fazendo-a crer que Serkan estava tão sozinho quanto ela. Mas, na verdade, não tinha razão para acreditar nisso. Ele podia ter tido um relacionamento mais discreto com alguma mulher. Talvez essa mulher estivesse agora em New York acalmando-lhe o ego ferido pela inabilidade de Eda em perdoar e esquecer.
Depois de sua infância e quase violação aos 16 anos, ela não confiara mais em ninguém, especialmente nos homens.
Então, tinha conhecido Serkan, que foi amável e gentil. Chegou a confiar nele, até que ele traiu sua confiança, rejeitando seu amor e acusando-a de ser uma coisa que Eda se determinara nunca ser, ou seja, uma cópia de Ayfer Yildiz Bolat.
Embora ainda o amasse, temia ser ferida novamente, porque não podia se desfazer de seus sentimentos por ele. Tinha aprendido a fazer isso com Ayfer, mas o que sentia por Serkan era muito diferente do que sentia pela mãe.
Por que o amor era tão difícil?
Ayfer, que nunca amara uma única pessoa na vida, havia sido amada por muitos, mas Eda não fora amada por ninguém, exceto por um pai do qual tinha sido afastada.
O telefone tocou, interrompendo seus pensamentos melancólicos.
Ela olhou para o relógio de cabeceira. Meia-noite. Quem estaria ligando tão tarde? Poderia ter acontecido algo a Serkan?
Estendeu-se na cama para alcançar o telefone sobre o criado-mudo.
— Alô?
Uma voz estranha soou então Serkan entrou na linha.
— Serkan?
— Sou eu.
— Você está bem?
Uma risada baixa e amarga soou do outro lado.
— Não me diga que se importa. Não sou nada para você agora.
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Ilusion ✩
RomanceSinopse: O magnata americano Serkan Bolat pensa que sabe tudo a respeito de Eda Yildiz. Pelo que lhe consta, ela é uma mulher interesseira, que não merece nada dele ou de sua família. Mas a química entre os dois é mais forte do que tudo. E Serkan pe...