Capítulo 5

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Voltei amores... capítulo fresquinho.

Enjoy!

✩✩

Eda tinha sofrido uma transformação enorme em muito pouco tempo.

Seus cabelos castanhos estavam puxados para o alto num arranjo solto, usava um vestido de seda verde que encaixava perfeitamente as curvas do corpo, as quais, alguns minutos antes, Serkan sentia desejo de tocar. Nos lábios torneados, batom vermelho cintilante. Estava linda e infinitamente desejável.

A expressão, contudo, era severa.

— Não tive a intenção de... — Serkan interrompeu a frase, sem saber exatamente o que dizer, para tentar corrigir o mal-estar que suas palavras haviam causado.

Ela virou a cabeça, evitando-lhe o olhar, numa atitude que o ignorava completamente, como se o estivesse mandando para o inferno.

Aydan balançou a cabeça para o filho com pesar.

— Desculpe-me, Eda, mas Engin tem um compromisso importante, portanto, partiremos logo após o almoço.

Engin olhou surpreso para a mãe, mas assentiu.

— É verdade, Eda, sinto muito.

— Eu poderia fazer as malas enquanto vocês almoçam — sugeriu Eda.

A sugestão enfureceu Serkan e ele não sabia exatamente por quê.

— Certamente isso não é necessário. Conseguirei transporte para você amanhã cedo.

— Prefiro partir hoje — disse ela, sem se preocupar em olhá-lo.

— Você não tem motivo para temer ficar sozinha na casa comigo.

Eda finalmente voltou-se para ele, com desdém.

— Você já deixou isso muito claro.

— Venha, vamos almoçar Eda — convidou Aydan. — Não precisa fazer as malas apressadamente. Quando agimos dessa forma, quase sempre nos esquecemos de alguma coisa.

Eda suspirou, parecendo descontente, mas aceitando a sugestão.

— Você tem razão. Não voltarei mais à essa casa. Portanto, não posso esquecer nada desta vez.

— Você sempre será bem-vinda aqui — disse Aydan. — Afinal de contas, aqui foi seu lar por muitos anos.

— Mas agora é o lar de Serkan, e eu não gostaria de incomodá-lo no futuro.

Engin deu a volta na mesa, ficando em frente ao irmão, com o intuito de puxar a cadeira para que Eda pudesse sentar-se.

— Visitas da família nunca são um incômodo — murmurou ele, sorrindo maliciosamente para Serkan.

— Você é muito gentil, mas não sou da família e realmente não voltarei aos Estados Unidos — replicou ela e lhe fez uma pergunta sobre seus negócios, mudando efetivamente de assunto.

Serkan tinha a impressão de que se Eda realmente partisse, seria para sempre, e deveria ser assim. Ele não precisava da tentação que a filha de Ayfer Yildiz lhe provocava, mas ouvi-la dizer aquelas palavras com tanta certeza, inexplicavelmente o deixou enfurecido.

Eda fez o possível para ignorar Serkan durante o almoço, focalizando a atenção no irmão caçula e em Aydan. Engin era muito charmoso, flertava com ela e mantinha todos entretidos, contando histórias sobre uma visita a Espanha.

Serkan parecia furioso, mas ela não podia imaginar por quê. O que lhe importava se ela gostava de um flerte inocente com Engin?

Serkan tinha sido rude com Eda ao dizer que ela não valia sua afeição, fazendo-a se sentir uma tola, vestindo-se com elegância para o almoço, tentando enfeitar-se para ele. Um homem que a beijava insensatamente num minuto e, no seguinte, declarava com veemência que jamais teria qualquer espécie de sentimento por ela, era digno de pena.

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