*Gustavo on*
Me sinto meio mal de estar deixando Manu sozinha todos os dias, eu também sinto saudades dela, mas eu estou tendo bastante coisas aqui do morro para resolver. Ao desligar a ligação, eu fico olhando o celular em um transe, mas sai do mesmo quando ouço:
- Patrão, o que a gente vai fazer em relação a isso?- pergunta Escarlate.
Antes de eu ligar para Manu, estávamos falando sobre uma possível invasão do morro da rocinha, ficamos sabendo disso por uns caras daqui no morro que estão infiltrados lá.
Eu- Bom, temos duas opções.- olho para ele- Ou atacamos antes ou nos fortificamos para estarmos prontos na hora. Considerando que se atarmos antes eles vão descobrir que tem alguém lá nos passando informações, eu acho melhor a segunda opção.
Escarlate- Realmente, essa é a melhor opção que temos.
Eu- E se isso realmente acontecer, você já sabe né?- pergunto e ele concorda com a cabeça.
Temos quase que uma regra secreta quando acontece alguma invasão... mulheres, sejam esposas; namoradas; filhas; mães e etc. Crianças e pessoas mais velhas da família de quem está de frente, ou seja eu e o resto dos vapores fica em um lugar especial para que não aconteça nada. O local é grande, mas escondido, nós construímos alguns anos atrás. É como se fosse um galpão, mas colocamos a maior parte dele em baixo da terra para que não fique tão amostra e seja descoberto. Claro que também nos preocupamos com o resto da população do morro, por isso sempre ficam bastante homens armados em frente as casas. Assim eles também ficam em pontos estratégicos para fuga se for necessário e proteção dos de mais.
Fico por mais umas duas ou três horas resolvendo tudo até que eu e o pessoal decidimos ir embora. Pego minhas coisas, coloco o celular no bolso e me despeço dos meninos e saio do local. Subo na moto e começo a descer o morro, passo pelas ruas escuras e vejo poucas pessoas nas mesmas. Chegando em frente de casa, não vejo muitas luzes acesas com um aceno eu cumprimento os dois vapores que ficam aqui na porta, abro a garagem e entro na mesma. Desligo a moto, tiro o capacete e Laila já vem correndo em minha direção, saio da moto e começo a fazer carinho em Laila.
Eu- E aí? Como foi o seu dia?
Ela dá um latido e eu rio baixo.
Vou para cozinha, pego um pedaço de pão e passo m pouco de requeijão no mesmo, coloco um pouco de limonada em um copo e começo a subir as escadas em esperança de Manu ainda estar acordada. Dou uma mordida no pão e chego no último degrau da escada, vou em direção do meu quarto e abro a porta devagar, mas ao olhar dentro do mesmo eu não vejo ninguém. Olho no banheiro e ela também não está, já sinto meu coração acelerar e o meu sangue gelar. Vou até o quarto da Gabi e nada, vou em seu antigo quarto e nada dela. Começo a ficar desperado, desço as escadas e saio para o jardim de casa e nada da Manu, vou até a frente da casa e pergunto ara os vapores:
- Vocês viram se a Manu chegou aqui em casa?- pergunto sem demonstrar desespero na voz.
- Não vimos não patrão, a última vez que vimos ela foi de manhã.
'Puta que pariu.'
Os agradeço e volto para dentro de casa. Tiro o celular do bolso e ligo pra o grupo que tem todo o pessoal.
Guilherme- Alô?
Rafa- Oi!
Bruno- Boa noite queridos!
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Salvos pelo amor
RomanceA noite foi marcada por um grande tiroteio no Morro do Alemão, Manu, após ser abandonada por seus tios no Morro, esconde o seu segredo. Apenas uma única pessoa será capaz de livrá-la desse trauma terrível. Gustavo também com seus traumas, somente se...