* Gustavo on *
* Cinco dias depois *
Acordo com o Sol batendo no meu rosto. Pego meu celular e vejo o horário 8:15, com um pulo eu me levanto da cama e corro em direção do banheiro. Tomo um banho gelado pra despertar, já que ainda estou com sono por ter ido dormir tarde ontem. Lembro que fique cuidando da Manu, que estava com bastante dores no corpo. Dei remédios a ela que por fim conseguiu dormir, lembro-me de ficar mais ou menos uma hora acordado indo e voltando para o quarto dela por conta da minha preocupação. Saio do banheiro com uma toalha na minha cintura e com as pontas dos cabelos pingando pequenas gotas de água por onde eu passo. Hoje tenho uns assuntos pendentes no morro então eu vou deixar Manu com a Gabi enquanto eu não volto, não quero e nem vou deixa-la sozinha depois do que houve semana passada. Pego uma calça jeans azul, uma camiseta branca e um tênis adidas.
Eu- Bom dia Ana.- comprimento a empregada.
Ana- Bom dia senhor, quer um café? - pergunta sorrindo.
Eu- Não obrigado, já estou de saída.- sorrio para ela.
Ana- Quer que eu cuide da Manu? - pergunta arrumando o seu avental.
Ela vem cuidando da Manu quando eu não posso estar em casa. Isso me deixa muito mais aliviado de não ser as meninas, já que elas com certeza não contém o mesmo cuidado que Ana tem. Não que ela não gostem da Manu, e sim porque ela são um pouco loucas pra tal tarefa.
Eu- Hoje não muito, eu vou tentar deixar a Gabi com ela um pouco. Pode fazer as suas coisas tranquilamente.- falo quando já estou perto da porta da garagem.
Ana- Está bem, farei isso senhor. Bom trabalho.- diz com um sorriso gentil.
Eu- Obrigado, para você também.- sorrio e subo na moto.
Ligo a moto, ao lado do portão da garagem e saio de casa. No caminho do ponto de encontro, novamente penso na conversa que tiva com o médico uma noite antes da Manu ter alta.
* Flashback em *
O médico acaba de entrar no quarto para checar a Manu novamente, mas assim que ele acaba de checar os equipamentos ele me chama:
Doutor- Senhor Gustavo? - ele me chama- Você poderia me acompanhar para fora do quarto? Quero conversar com o senhor.
Concordo com a cabeça, levanto do sofá que está sentado e vou em direção da porta. Quando chego na porta me viro para fecha-la, mas antes olho para Manu que já está quase dormindo por conta do remédio que deram para ela. Ao fechar a porta totalmente, me viro para o médico e pergunto:
Eu- Sobre o que você quer falar? -Pergunto um pouco apreensivo.
Doutor- Quero falar sobre a paciente.
Olho para ele como forma de aviso para ele continuar a falar.
Doutor- Me preocupo com uma possível depressão pós-trauma ... isso ocorre muito frequentemente com as pessoas que são espancadas, usadas e outros.- ele comenta com uma afeição realmente preocupada.
Eu- Mas ela já tem depressão, não seria possível que isso aconteça.- tento parecer seguro, mas a cada coisa que falo sinto ou ar se prender cada vez mais em minha garganta.
Doutor- Pode ser que não aconteça, mas como são dois tipos diferentes de depressão é sempre muito bom ficar de olho.
Concordo com um aceno de cabeça.
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Salvos pelo amor
RomansaA noite foi marcada por um grande tiroteio no Morro do Alemão, Manu, após ser abandonada por seus tios no Morro, esconde o seu segredo. Apenas uma única pessoa será capaz de livrá-la desse trauma terrível. Gustavo também com seus traumas, somente se...