Sobre a imensidão do horizonte o sol se punha em sua plena excelência,minha mente confusa me leva ao mais puro instante de amor, abraço meus sonhos e carrego para dentro do peito pequenos surtos de felicidade, a escuridão chega e diversos pontos luminosos surgem na selva de vigas de aço e solidão que cresce a cada dia, dou um trago e uma onda forte atinge meu cérebro, o mundo não é tão ruim quanto pensava, no meio do lixo encontrava diamantes imundos com esperança exalando pelo brilho de mil faces.
Pelos poucos espaços preenchidos de vida buscava sempre seguir vivendo, me guardava num monte de palavras organizadas, formando pequenos versos que me salvam do desespero. Reparo que a luz é pouca, H. ascende as luzes do Opala e se deita ao lado de Rony, me deito e com as mãos na nuca solto um jato em direção ao céu manchado de estrelas, tão distantes e mesmo assim presentes em meus desejos insalubres.
O tempo continuou lento e os anos seguiam cada vez mais rápidos, dali dez anos estaríamos consumidos pelas poesias e contos tidos como impróprios, e sorririamos para nos mesmos até que a alma fosse usada pelo mundo, tornando tudo uma só coisa, com os mesmos gestos e amores diferentes, vivendo sempre em frente, rumo aos caminhos que muitos pés passaram e onde as bocas se fecharam para dar espaço aos olhos, que seja.
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O que fazer dessa Saudade?
PoetryContos e Poesias de amor, drogas, noites insalubres, e um ser atormentado pela Saudade. Escrito por João Paulo Sousa. Texto e poemas de 2013, 2014, 2015. Ficção, qualquer conhecidencia com a realidade é pouca. Mais histórias no instagram @autofagia_