Me pedem um momento de lucidez, já que não entendem parte do que sinto, digo e demostro que parte do meu silêncio grita de loucura, e esse grito basta para explicar a dor que libero pelas maõs.
Já que parte dos meus versos se baseiam em drogas, digo que a falsa felicidade cotidiana é a pior droga e a fuga para a luz, e o que escrevo diariamente não é luz, já que a vida tem a maior parte no breu das mentes controladas por sistemas invisíveis, escrevo para e com a dor, já que a luz parece fútil demais para minha alegria.
E se minha alegria parece demasiada triste, falo-te que a maior alegria é sentir a vida nos curtos instantes de amor, e o amor sempre dói e sempre será a razão pela qual vivo, seja na dor ou na anestesia, ascendo um cigarro e isso me destrói pouco a pouco, isso é ruim, mas os motivos pelos quais busco sorrir são piores ainda.
Mesmo assim abraço minha mulher amada e digo algumas mentiras e verdades em seu ouvido, ouço quando ela diz "eu te amo" e digo "apaixona-te pela vida", ela me abraça e sonha com um horizonte sempre distante, isso basta para continuar aqui, e não no meio das pessoas frequentando a futilidade social.
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O que fazer dessa Saudade?
PoetryContos e Poesias de amor, drogas, noites insalubres, e um ser atormentado pela Saudade. Escrito por João Paulo Sousa. Texto e poemas de 2013, 2014, 2015. Ficção, qualquer conhecidencia com a realidade é pouca. Mais histórias no instagram @autofagia_