Fazia já bastante tempo
que o céu não
tocava a ponta
de meus dedos,
que as curvas não formavam
um surto nos meus
ouvidos
e que as vozes não
me dessem a explicação
que gostava de
escutar.Esperava já desde cedo
que a geada
tomasse parte do
meu rosto
e que meus dois minutos
de vida fossem
transformados numa
imensidão de
horas e rotas.Até que de qualquer maneira
tudo resolveu entrar
nem ciclo de
surtos,
acho que estou ficando
para trás mesmo parado
num mesmo
lugar.E se essa metade que
grita
se cala para escutar,
a outra voz já deve
ter sido escada para
levar no fundo
do meu
desespero.E como tudo acaba levando
para uma única
pessoa?Até aqui me sinto
pra lá,
devo ter sido dividido
quando toquei as
estrelas,
ou é só uns minutos de
saudade saindo de
casa pra nunca
voltar.Já é tarde da noite,
ainda é cedo
demais,
as luzes na minha
janela
devem ser as mesmas
de ontem ou
mês passado,
isso de passado não
forma
coisa exatas,
as luzes são as mesmas
mas a confusão
chega a ser pior.
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O que fazer dessa Saudade?
PoetryContos e Poesias de amor, drogas, noites insalubres, e um ser atormentado pela Saudade. Escrito por João Paulo Sousa. Texto e poemas de 2013, 2014, 2015. Ficção, qualquer conhecidencia com a realidade é pouca. Mais histórias no instagram @autofagia_