A chuva junto do sol
tomava o céu acima de nossas
cabeças e formava
no horizonte um arco com
diversas cores que
era visível por alguns ângulos
que descobrimos aos poucos.
Entramos em uma
rua na qual a chuva caía forte
contra o asfalto e inundava
o para-brisa do carro
com gotas do tamanho de
pequenas pedras
com cores indescritiveis.
Era quase impossível de se
ver a rua que seguia em
nossa frente e com o som
alto tocando alguma canção
de amor olhava através
do pequeno círculo
que fiz com meus dedos
para poder enchergar
algo.
As melhores canções são
sempre canções de amor.
A. comprou dois cigarros
e dois cafés,
havia algum tempo que
não bebia algum café
de verdade,
acabei me molhado quando
saí do carro e nos sentamos
em frente uma lanchonete.
As calçadas estavam lotadas de pessoas
paradas se escondendo da chuva e
pessoas andando no caos
cotidiano que sempre se
encontra a cidade.
No edifício a nossa frente dezenas
de pessoas, algumas de pé
e outras sentadas também
se escondiam da chuva
seria melhor estar por lá
mas permaneciamos no mesmo
lugar.
- É necessário um pouco
de atenção pra se fumar hoje
em dia, uma distração e é fácil
fazer uma criança tragar de meu cigarro. - A. disse.
- Bom, as pessoas não tem atenção para
falar. - Disse com um sorriso.
- Todos calados, seria bem
estranho, ninguém reclamando
junto do som das buzinas, preciso de outro cigarro.
A. comprou outro cigarro
e o ascendeu enquanto
olhavamos as pessoas que
passavam em nossa frente.
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O que fazer dessa Saudade?
PoetryContos e Poesias de amor, drogas, noites insalubres, e um ser atormentado pela Saudade. Escrito por João Paulo Sousa. Texto e poemas de 2013, 2014, 2015. Ficção, qualquer conhecidencia com a realidade é pouca. Mais histórias no instagram @autofagia_