Sinto muito por ter trocado
a alma
E também por não Ser algo
além do mesmo
brilho nos olhos
Te escuto por alguns instantes
que podem ser horas ou
espaços vazios.
Parece o efeito de drogas
na manhã do dia
seguinte
Mas nada mais que ar subiu
pelo meu nariz
Quem me dera fosse você
ou fosse uma de minhas
fazes.
É só uma de minhas abstinências.
Tem um (ti) em pouco.
Nada de sinais inperceptiveis.
Muito pouco.
As folhas vão além da nossa visão
Mas e você que não sai
do meu foco de disfarce.
Te vi na janela de meu
quarto
Num abismo de um metro
abaixo de onde te notei
Só tem algumas pontas
de cigarros.
Está sendo algo superficial
sem superfície
longe das esquinas
das casas
longe dos surtos.
Hoje eu te vi
num
abismo.
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O que fazer dessa Saudade?
PoetryContos e Poesias de amor, drogas, noites insalubres, e um ser atormentado pela Saudade. Escrito por João Paulo Sousa. Texto e poemas de 2013, 2014, 2015. Ficção, qualquer conhecidencia com a realidade é pouca. Mais histórias no instagram @autofagia_