tt: awnchickens
É aquele ditado, hoje é aniversário da Lauren, mas quem ganha presente são vocês!
Esse capítulo demorou mais do que deveria para ficar pronto porque ele também ficou mais longo do que deveria. Vocês não queriam capítulo grande? Então, toma capítulo grande.
Normalmente eu reviso os capítulos pelo menos duas vezes antes de postar, mas, como acabei demorando muito para escrever esse, vou postar com uma revisão só.
É um capítulo de muitas entrelinhas. Têm várias informações importantes que vocês podem tirar dele, se lerem com atenção.
Espero as teorias nos comentários.
***
Camila
— Ainda é difícil encontrar respostas para a pergunta: quem são os nomes e os rostos por trás do termo "serial killer"? Existem padrões? Sim. Mas também existem tantas exceções, tantos casos que não se encaixam, que em algum ponto é impossível não começar a questionar: é realmente plausível definir um tipo de comportamento, um tipo de biologia distorcida que transpassa todos, ou pelo menos a maioria, dos casos seriais já registrados?
Era mais uma noite de sexta-feira nas salas do Departamento de Sociologia de Columbia. Trevino andava de um lado para o outro, gesticulando enquanto falava na frente do auditório lotado.
Ele fez uma pausa dramática como sempre acontecia quando chegava em uma pergunta retórica. Eu coloquei um ponto final na frase que estava escrevendo e ergui a cabeça, encarando o agente parado em frente ao púlpito estampado com o símbolo da universidade.
O meu coração protestou. Era inevitável pensar em Sofia todas as vezes que eu sentava naquela sala.
— Por exemplo — Trevino continuou —, é muito comum para um policial se deparar com estatísticas do tipo: a maioria dos serial killers são caucasianos, a maioria dos serial killers são homens. Mas até onde elas são verdadeiras? — ele apertou o controle remoto minúsculo encaixado na sua mão e passou mais um slide na apresentação antes de seguir.
— A maioria dos serial killers realmente é formada por homens brancos? Ou isso é um reflexo da cultura americana de assassinatos em série? Se eu escolher um país não majoritariamente branco e transportar toda a mídia, o espetáculo, a atenção que esses casos recebem aqui, não é provável que essa proporção mude junto com as características étnicas locais? E, o mais importante de tudo — ele acrescentou —, raça realmente define a probabilidade de uma pessoa pegar em uma arma para matar?
O silêncio se espalhou pelo público de policiais selecionados pelo FBI para frequentar o curso. Eu observei um movimento pelo canto dos olhos e reparei que, pela primeira vez, Jauregui estava debruçada por cima da mesa, anotando algumas palavras soltas em um papel.
O meu lugar cativo na primeira fileira descansava abandonado. Ainda era estranho ter Lauren tão perto. Sentar lado a lado nos seminários não era uma coisa que costumávamos fazer todo o dias.
Normalmente, eu era o tipo de aluna que não pregava os olhos, anotando cada respiração do agente que tinha assumido o papel de nosso professor. Jauregui era o tipo que encostava contra a parede no fundo da sala, cruzava os braços, e assistia tudo sem mover um músculo. Afinal, ela não precisava de coisas tão mundanas quanto anotações para lembrar.
Lauren deixou uma risada irônica escapar e sacudiu a cabeça sem parar de escrever.
— O que foi? — eu perguntei, reconhecendo aquela reação como um toque de irritação.
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Fire & Blood
Fanfiction**Fanfic Multifandom com foco em Camren** Quando Lauren Jauregui é solicitada em uma cena de crime no fim da noite, ela encontra uma imagem familiar para a cidade de Nova York. O corpo de uma mulher usando apenas um par de lingerie vermelha, as quin...