tt: awnchickens
N/A: olar. Esse é, provavelmente, um dos meus capítulos favoritos desde o começo da fanfic. Um capítulo bem amorzinho, com algumas revelações não tão chocantes assim para quem prestou atenção nos detalhes. Então, sejam leitores fofos e comentem bastante para eu ficar feliz!
***
Novembro, 2018
Camila
— Eu preciso da sua chave. — Jauregui me encarou, confusa como se eu estivesse falando em outra língua. Seus olhos nebulosos pousaram no meu rosto e eu soltei um suspiro, me preparando para usar todo o meu estoque de paciência.
— Lauren, me-empresta-as-suas-chaves — eu repeti, colocando uma pausa exagerada entre as palavras e usando o primeiro nome que sempre fazia ela sorrir um pouco.
Aparentemente, a minha estratégia funcionou. Lauren precisou de alguns segundos, mas começou a revirar os bolsos do casaco. Ela puxou o chaveiro, rindo como uma idiota do barulho metálico das chaves batendo uma contra as outras.
Algo tinha dado errado no meio tempo entre deixar Dinah em casa e chegar no endereço de Jauregui. Eu não precisava dos meus instintos policiais para desconfiar que esse algo envolvia os últimos três copos de Manhattan que Lauren tinha bebido antes de sair do bar. O efeito do álcool tinha encontrado o caminho entre o seu fígado e o seu cérebro, mandando a sua capacidade de funcionar como um ser humano normal para a puta que pariu.
E assim, eu tinha parado ali. Em pé em frente ao prédio onde ela morava, tremendo embaixo de um frio congelante às três da manhã.
Em minha defesa, eu tinha tentando deixar Lauren sair do carro sozinha. Três vezes. A última quase tinha terminado em um encontro fatal entre a sua cara e o meio-fio. Eu não estava prestes a entrar no apartamento de Jauregui porque queria, mas sim porque precisava.
Pelo menos, era isso que eu continuava repetindo para mim mesma desde que tinha estacionado o Malibu na calçada.
— Vamos — eu disse, em meio as minhas tentativas de encontrar a chave certa. Lauren já tinha conseguido me guiar até o seu prédio sem dar direções erradas. Ela tinha conseguido encontrar o chaveiro nos seus bolsos. Pedir para que ela me dissesse qual chave abriria o portão já era demais para alguém que mal conseguia ficar em pé.
Depois de quatro chutes errados, eu girei a tranca e puxei Jauregui para o lado de dentro. O alívio por finalmente estar em um lugar fechado veio junto com a proteção natural das paredes grossas. O inverno podia ser charmoso em filmes de Natal, mas, na vida real, ele era impiedoso.
A porta se fechou com um baque atrás de mim e meus olhos percorreram o corredor iluminado pelas luzes ativadas automaticamente.
Desde a mudança para Nova York, eu nunca tinha colocado os pés ali. Depois da nossa formatura na academia em Miami, eu costumava limitar a minha convivência com Jauregui ao estritamente necessário e isso não envolvia visitas ao seu apartamento.
Mas eu não precisava de muito mais do que cinco minutos para perceber como tudo combinava um pouco com ela. O prédio simples, mas bem cuidado com a fachada avermelhada de tijolos e varandas enfeitadas por flores. Discreto, sem grandes extravagâncias, mas de um bom gosto inegável. O Soho também era uma escolha óbvia. Claro que Lauren decidiria morar em um dos bairros mais artísticos e alternativos da cidade.
Eu encarei o corredor que se estendia na nossa frente. O térreo era formado por nada além de uma escada na lateral direita e algumas paredes enfestadas com as portas dos primeiros apartamentos que ficavam ali mesmo, no nível da rua.
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Fire & Blood
Fanfiction**Fanfic Multifandom com foco em Camren** Quando Lauren Jauregui é solicitada em uma cena de crime no fim da noite, ela encontra uma imagem familiar para a cidade de Nova York. O corpo de uma mulher usando apenas um par de lingerie vermelha, as quin...