tt: awnchickens
N/A: Pelo amor de cristo, comentem! No último capítulo foram poucos comentários e já estou achando que vocês odiaram a parte dos flashbacks.
Eu tinha prometido para mim mesma que não ia atualizar nenhuma fanfic antes das olímpiadas acabarem. Acho que todo mundo (inclusive eu) está focado demais nos jogos e por isso a interação com as histórias caiu muito nessas últimas semanas. Mas, como sou fraca, entre um jogo e outro consegui escrever mais um capítulo de F&B para vocês, dessa vez, voltando para o plot principal e para o caso.
***
Novembro, 2018
Lauren
— Tudo bem. O que você fez? — Normani perguntou assim que me viu sentada em frente ao computador na manhã de segunda-feira.
Eu desviei os olhos da tela com as informações sobre Danielle Mazza, a filha do artesão que chegaria em algumas horas para o interrogatório sobre o pedido das estatuetas. A minha amiga se apoiou contra a mesa e cruzou os braços.
— Por que você sempre parte do pressuposto que eu fiz alguma coisa? — mas a minha acidez habitual só fez Normani semicerrar os olhos.
Eu puxei um dos dois copos de isopor fumegando com o café quente e deixei o outro esfriando intocado, o meu pedido de desculpas para Camila que eu não tinha tomado coragem para entregar. O cheiro doce subia pela abertura da tampa e só aquilo já era suficiente para me fazer pensar nela.
No jeito que Camila sorria quando acordava comigo e encontrava uma xícara pronta esperando em cima da pia. Em como os seus olhos se fechavam quando ela dava o primeiro gole, seu corpo relaxando como se estivesse encontrando um pedacinho de céu.
Nós tínhamos passado duas manhãs juntas na última semana. Duas manhãs que já conseguiam me fazer sentir falta da época em que acordar com Cabello costumava ser parte da minha rotina.
— Você está com uma cara de quem foi atropelada por um ônibus durante o fim de semana. A Camila está em um mau humor digno de matar alguém. E, o mais importante — Normani acrescentou quando eu soltei um resmungo —, vocês não estão andando serelepes de um lado para o outro pelo escritório fazendo teorias sobre assassinatos.
— Primeiro, nós não andamos por aí serelepes. — Eu tentei me defender, mas Normani ergueu as sobrancelhas e contorceu o rosto para segurar o sorriso que lutava para surgir na sua boca. — Segundo, usar a palavra serelepe para se referir a um dos assassinos seriais mais violentos dos últimos anos é no mínimo questionável.
Dessa vez ela riu. Mas a cadeira vazia em frente à minha me impediu de fazer o mesmo.
Tudo naquela situação com Camila era complicado. Por um lado, eu era solteira. Eu podia dormir, sair e beijar quem quisesse e, assim como ela tinha feito questão de pontuar, isso não deveria ser um problema. Mas eu não conseguia esquecer o seu olhar de decepção parado na porta do meu apartamento. Eu conhecia aquela expressão. Mesmo anos depois, ela ainda doía como um soco no fundo do meu estômago.
— O que aconteceu? — Normani perguntou quando meus dedos brincaram com a tampa de plástico do café que eu tinha comprado para Camila.
Leite de soja integral. Calda de chocolate. Quantidades diabéticas de açúcar, chantilly e canela.
Tudo do que jeito que ela gostava.
Eu sabia o que Normani falaria. Nós tínhamos conversado demais sobre o assunto Camila Cabello para não saber. Mesmo assim, eu suspirei, me preparando para confessar os meus crimes. Talvez, como nos tribunais, a minha sentença seria mais branda se eu dissesse a verdade.
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Fire & Blood
Fanfiction**Fanfic Multifandom com foco em Camren** Quando Lauren Jauregui é solicitada em uma cena de crime no fim da noite, ela encontra uma imagem familiar para a cidade de Nova York. O corpo de uma mulher usando apenas um par de lingerie vermelha, as quin...