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RIANA E LOK

Riana sentiu os dedos de Lok se entrelaçarem aos seus sobre sua cabeça. As investidas fortes em seu interior, um gemido mudo e ela havia atingido mais umaa vez o orgasmo. Aquele homem a mataria de tanto prazer. Riana sorriu quando teve o corpo prensado contra o colchão pelo corpo pesado de Lok. Passou a mão sobre os frios molhados de suor do Lok

– Eu acho que posso me acostumar com isso – ela falou se referindo ao fato de ser acordada com um sexo quente com um homem quente.

– E eu acho que gosto que você se acostume com isso. – Lok retribuiu a brincadeira e saiu de cima do corpo de Riana, deitando de lado.

Era o segundo dia que eles estavam juntos, nem isso se eles colocassem tudo em um papel. Ela tinha passado uma noite com ele, o qual ele não quis tocá-la depois de escutar a forma que a voz dela saiu. Amedrontada, mas pela manhã não suportou. Teve que toma-la. Isso lhe lembrava...

– Você está melhor?

Riana desviou o olhar. Sabia que a pergunta cedo ou tarde chegaria.

– Estou – ela respondeu se sentando na cama. – E tenho que ir, eu disse que tinha umas coisas para fazer na clínica.

– Você não pode deixar isso para lá um minuto e me contar o que foi que aconteceu? Ou melhor, quero o nome.

– Nome de quem? – Riana perguntou assustada.

Ela ficou de pé e caminhou em direção ao banheiro. Precisava fechar a porta e fugir do olhar interrogativo do Lok. Quando o procurou, pareceu certo pedir a ajuda dele, ela precisava de proteção, mas agora, faltava coragem para contar a verdade. A tentativa de fechar a porta foi frustrada quando percebeu Lok parado em frente a porta do banheiro. E aquilo a assustou, em um segundo ele estava deitado na cama e no outro já estava na sua frente, com a mandíbula trincada. E ele se mexeu sem que ela escutasse os seus passos.

– Eu quero o nome do homem ou da pessoa que ousou tocar e fazer mal a você;

– Não tem ninguém.

– Você disse que queria ajuda, depois eu percebi a forma temerosa que você ficou quando lhe toquei de noite, você estava sonhando com que ele tinha lhe feito. E eu quero o nome agora! – Lok deu um soco contra a porta do banheiro e Riana pulou assustada.

– Você o matará.

– O que eu farei com ele será muito pior do que a morte, com certeza no fim ele implorará que eu o mate.

– Eu não posso – Riana falou quase em um tom de choro. – Eu queria mesmo ajudar, mas você o matará, eu não posso deixar você fazer isso.

– Por quê? – Lok se aproximou perigosamente. – Você ainda sente algo por ele?

Riana fez uma careta de nojo com aquelas palavras. Ela nunca sentiu nada por ele, ou melhor, sentiu nojo e repulsa toda vez que a tocou. Sempre mal intencionado, querendo lhe fazer caricias ais quais ela julgou errado. Como Lok poderia achar que ela tinha sentimentos por seu agressor? Somente porque ela não o queria morto? Mas não era por sentimentos, o assunto era um pouco mais complicado.

– Eu não tenho sentimentos por ele – ela respondeu com uma careta.

– Então não precisa protege-lo. – Lok respirou fundo e fechou os olhos contando mentalmente até dez. – Eu estou lhe dando uma chance de me contar sua história. Não quero correr atrás e depois tirar as minhas próprias conclusões. Tenho quase certeza que isso nos renderá uma briga e eu realmente não quero isso. Acabamos de começar um relacionamento e...

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora